Em mais uma dessas madrugadas, cá estava eu navegando quando me deparo com algo sobre uma promoção da TAM utilizando 3000 milhas. Dá ultima vez que vi isso no site, você usava 5000 milhas para locais próximos e não dei muita importância. Lembro que com 20 mil, você vai e volta para qualquer lugar do Brasil então para onde iria com 3000?
Bom, resolvi ligar. Às 4h da manhã teria uma resposta e não pegaria aquela fila ao telefone.
Nossa!!!! Descobrir que com 3 mil eu poderia ir a qualquer lugar do Brasil e, obviamente, com 6 Mil, ir e voltar! E agora, pra onde? Sempre faço opção pelo lugar mais longe e dessa vez era Foz do Iguaçu. Não queria conhecer Manaus (ainda).
Em final de promoção nada é muito fácil, mas Deus faz as coisas compensarem.
TAM – Senhor, temos sim esses trechos Natal /FOZ / NATAL, mas a ida está um pouco complicada pois os trechos mais acessíveis já foram todos utilizados por essa pontuação baixa e não estão disponíveis.
EU – Não entendi, desenha?
TAM – Senhor Há várias saídas de Natal para Foz. Via Brasília, Rio, SP...mas todas essas já não tem pontuação de 3 mil pontos, só a partir de 15 mil mas tenho uma aqui que é um pouco (UM POUCO?) longa mas se o senhor quiser, é a que tem no sistema para Foz do Iguaçu.
EU – Ok! Não tenho medo de viagens longas, diz aí...
TAM – (faz ar de:” eu avisei”) Senhor temos assim: Natal / RJ / Belém / Guarulhos / Curitiba / Foz
EU – Pq eu tenho que descer para o Rio, Subir para Belém e descer para Guarulhos? Quem montou isso?
TAM – Senhor é o que temos no sistema (é pegar ou largar)
EU – (Liguei o foda-se no 10 e disse): Ok, vamos lá, pode reservar.
Começava então a minha nova aventura!
Como todo castigo para corno é pouco, o vôo de saída ainda era de madrugada e lá estava eu no Aeroporto de Natal à uma da manhã. O vôo atrasou meia hora (começamos bem) e estava bem cheio. Descobri que fazer o check in via web é ótimo! Pude escolher um bom lugar e fiquei nas primeiras fileiras. Decolamos e eu logo dormi. Aliás, dormi até que o simpático comandante me acordasse.
Me parece que a TAM tem algo contra quem dorme nos vôos de madrugada.
Porque, pelo amor de Deus, tem Speach (aquela fala do comandante) na madrugada?
COMANDANTE – Senhoras e senhores aqui fala o comandante. (mesmo sendo 2 da manhã) voamos agora na velocidade de 890km (Ohhhhhhh!) há 37 mil pés (Ohhhhh) nosso vôo terá a duração de 2h50m, o tempo no trajeto é bom e no Rio de Janeiro a noite está agradável com 23 graus.
Porque, pelo amor de Deus isso é necessário de madrugada?????????
Chegamos ao Rio e aguardei meu outro vôo que sairia às 8h da manha. E lá vou eu para Belém! Tentei dormir mas já sabemos que isso é impossível.
Já cheguei moído e me peguei preocupado: Será que minha bagagem chega em Foz com tantas trocas de aeronave? Vai ser um bom desafio para a logística da TAM. Juro que me preparava para comprar roupas novas...
Logo quando cheguei em Belém, descobri que teria 3 horas para fazer nada! Bom, vou dar um giro na cidade (que já conhecia). Alguém me lembrou que a cidade fica bem longe do aeroporto e que eu poderia me atrasar perder o vôo e me ferrar pra comprar uma passagem sem promoção para Foz. Melhor ir almoçar. No almoço aquelas delicias de Belém. Não, não vou comer isso. Pato ao Tucupi ou algo parecido pode não me fazer muito bem. Eu não precisava de um problema intestinal na metade da primeira perna da viagem. Almocei e fui logo para a área de embarque. Dormi, finalmente. Já acordei com o pessoal da TAM chamando o Vôo.
Obs: antes disso tive a brilhante idéia de passar na receita federal e declarar meu notebook e minha câmera Nikon profissional, você vai entender o motivo quando eu contar sobre a volta de Foz.
AEROPORTO DE BELEM
OBSERVAÇÃO DOS AVIOES
Mais uma vez tentei dormir e já cheguei em SP moído.
Olha que bacana, não precisei desembarcar!!!! Fiz amizade com uma menina que voltava de Belém com o pai. Ela é curitibana e me deu muitas dicas de Foz. Ao meu lado um rapaz moreno “Caminho das Índias” tentava dormir, mas minha conversa passava por ele e chegava na menina na outra cadeira. Ela me deu muitas dicas sobre Foz do Iguaçu, mas o melhor ainda estava por vir.
Chegamos à Curitiba e ela desembarcou. O reembarque dos passageiros demorou um pouquinho e isso fez com que eu e esse rapaz acabássemos batendo um bom papo. Aliás, foi engraçado. Eu me levantei para esticar as pernas e a comissária perguntou:
COMISSARIA: Você está vindo de Belém?
EU: Não, de Natal
COMISSARIA: Mas nós estamos vindo de Belém, como assim, você fez escala lá?
EU: Não, eu fiz Natal – Rio – Belém...
COMISSARIA: Nossa, meu Deus! Que viagem!
Aproveitando o gancho o nosso amigo “caminho das índias” disse: ANAN – E eu que estou vindo da China? São 40 horas ate o momento!
Momento explicação, dedo de Deus.
Eu estava indo para Foz. Foz fica ao lado de Ciudad Del Lest, ou seja, Paraguai. Comprar coisas lá é fundamental para quem vai à Foz! Mas eu estava com medo. Disseram-me horrores daquela ponte, da alfândega, da receita federal. Disseram-me que a fila na receita chega a durar mais de 3 horas e com sol na cabeça.
Anan tem loja no Paraguai. É comerciante. Ficamos “amigos” no vôo e ele me deu o telefone dele e o cartão da loja.
ANAN – Vai La que eu te ajudo no que você precisar. Te levo nas lojas serias de La pq tem muita coisa ruim.
Eu já tinha feito uma pré pesquisa e sabia onde queria ir. Não sabia onde ficava, mas saberia, por exemplo, se ele estaria me levando para uma loja seria ou não. Fiquei no Luz Hotel (www.luzhotel.com.br). Simples, limpo e organizado. Tem preço bom e transfer para todo o canto. Meu primeiro dia foi logo ir para o Paraguai.
A van passou cedo e nos deixou no shopping Ciudad Del Lest. Atravessei o shopping e me pus a andar procurando a Loja Super Fama do ANAN. Foi fácil achar. Fica em um mini shopping no subsolo. Ele não estava. Ligamos para a sua casa e ele mandou um funcionário dele me acompanhar para onde eu quisesse o tempo que fosse necessário, ou seja, o funcionário ganhou o dia de folga no trabalho e virou minha babá.
- Leo, o que você quer comprar?
- Cara, Celular, Informática, eletrônicos e perfumes.
Para resumir, passamos o dia rodando as lojas. Tem boas lojas lá e mesmo perfumes! Tem lojas grandes de mais de 30 anos de mercado, serias. De informática fui à maior e melhor, a NAV. Tem de tudo. Comprei logo 2 hds externos e dois Pen drives de 16Gb. Ciudad Del lest é uma loucura! Dá vontade de comprar tudo!
Voltamos para almoçar. Encontrei o Anan que me ofereceu um autentico almoço indiano. Contei que ele é Indiano? Gente boa demais! E manda pimenta!
Voltamos às lojas!
Foram 4 sacos de compras e lá fomos nós à alfândega.
Descobri que não se pode levar nada para uso profissional, só pessoal! A cota é de 300 dólares. Lá fui eu para a receita Federal, regularizar as ribaltas de Led que comprei para a iluminação cênica que faço na minha empresa. Fui taxado em 70% e tive que importar. Mesmo pagando caro ainda fiquei feliz, pois ainda foi muito barato! MUITO!
Cheguei Feliz ao Hotel!
Agora era dormir e esperar o passeio do dia seguinte: Cataratas Argentinas!
Como esse relato ta grande, vou tentar resumir.
A van passou no horário marcado, bem pontual! Seguimos para O parque do lado Argentino. Para entrar na argentina a regra é a mesma do MERCOSUL: Passaporte ou carteira de identidade em bom estado com data inferior a 10 anos de expedição.
Passamos pela aduana argentina. Demorou um pouquinho, mas foi tranqüilo. Aproveitamos para comprar pesos ali. Obs: para entrar no Paraguai é uma zona. Você entra e ninguém te pergunta nada!
Continuando...
Na entrada do parque você compra o ingresso. Eu já tinha comprado o passeio de barco (fantástico), o transporte de ida e volta e o almoço antecipadamente.
Logo que entramos no parque um caminhão te leva até o passeio de barco. Quando se chega no barco você recebe um “saco” para colocar tênis, mochila e câmera fotográfica. Na saída do barco escuto alguém dizer Have a Nice Shower! Tradução literal: tenha um bom banho!
Como assim, tenha um bom banho? Vai molhar muito?
Vai.
Muito!
Muito mesmo!
Acredite!
Logo na saída o guia já avisa: Tirem os tênis e já guardem no saco que demos a vocês. Eu tirei tênis, meias, guardei a mochila e fiquei só com a câmera na mão.
Novamente o guia: Quando eu mandar, não discuta, guarde a câmera ou você vai perdê-la.
Perde-la, Pq? Resolvi não discutir...
Se me lembro bem, são 2 motores e o barco/bote impressiona. É rápido! Logo avistamos as quedas. Lindo.
Guia Grita: "hora de tirar fotos!"
Agora, chega! Guardem a câmera! Agora!!!!!!
E a lancha/bote/barco vai em direção á queda d água. Obviamente não ficamos embaixo da água, mas chegamos muito perto da queda e molha demais. Não tem jeito. Eu apertava o saco (que eles me emprestaram, não pense besteira) para não entrar água.
Ao final do passeio, absurdamente molhado e feliz. Que passeio bacana. Ver as quedas d água de tão perto é fantástico!
Quando o passeio acaba, iniciamos a trilha (limpa, bem organizada) para ver as outras belezas. As surpresas não pararam. Há muito para se ver! Vou economizar nos relatos e vamos às fotos!
ENTRADA DO PARQUE
ADUANA ARGENTINA
ACHEI ESSE JORNAL LA KKKK
DE CAMINHÃO ATÉ O BARCO
O BARCO
CHEGANDO PERTO
CADA VEZ MAIS PERTO
FOTO 09 – FINAL DO PASSEIO, DE BANHO TOMADO
LADO ARGENTINO
Chegamos por volta das 18H e aproveitei para ir ao cinema no shopping.
Terceiro dia, ida ao lado brasileiro!
Continua... clique aqui para ler a segunda parte desta aventura.
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