Das 9h às 14h. Haja frio !!
Zinco: hospedagem: 60,00/casal, almoço ou jantar: 20,00/casal, vinho: 6,00 a garrafa.
Com as roupas ainda muito molhadas e fedorentas, saímos bem cedo pra fugir da chuva, e até que deu certo, pois ela nos pegou só no final, na subida pro Zinco (e que subida !!). O tempo ficou bem fechado, então não passamos calor nem sede. Aqui vimos muita plantação de arroz e madeireiras. Em Benedito Novo, fomos ver a Igreja Enxaimel (dizem que é uma das poucas do estilo na América Latina) e lá encontramos a Margareth, dona da Pousada do Zinco, que nos contou que o alojamento para ciclistas era muito simples, numa antiga casa de peão e que eles ainda estão adaptando para o cicloturismo. E era isso mesmo, muito simples, mas arrumada com carinho.
A temperatura foi baixando, mas nem percebemos, ainda mais na subida power de 2km pro Zinco, deu até pra suar. Lá no alto, antes de chegar na sede, entramos por uma pequena trilha para ver a cachoeira magnífica pelo mirante. Deslumbrante !!
Chegamos na propriedade e fomos pro restaurante, onde nos receberam o Carlos e a Magda, simpático casal que nos acolheu e perguntaram se queríamos almoçar. Ô !! Ela escolheu o cardápio: bobó de peixe com camarão, pirão, arroz e farinha. De entrada: camarões fritos.
Vcs acham que ele ficou com fome ??
Um tempinho parados e logo percebemos o frio que estava, os dedos dos meus pés ficaram anestesiados e duros. A casa em que ficamos é extremamente simples, mas as roupas de cama são novas, chuveiro quentinho, edredon idem. Parece daquelas casinhas que víamos da estrada, simples, mas bem cuidadas e eu ficava curiosa pra saber como era dentro e quem morava lá. É assim.
Depois do almoço, um banho quente e morgar embaixo dos edredons. Estava tão frio, que olhando da janela eu tinha a sensação de que ia nevar, tudo branquinho... Nem passarinho nem vaca à vista.
Noite: jantinha deliciosa, um dedo compriiiido de prosa e vinho tinto da região.
6o dia
Zinco - Rodeio - Indaial
Delicioso café da manhã com vários tipos de bolachinhas, pães caseiros, geléias e gostosuras. A Magda é extremamente prendada e fez uma merendinha deliciosa com pão de queijo e bolachas doces para levarmos. O tempo todo choveu fino sobre nós. Chegando em Rodeio (nada a ver com peões de boiadeiro!) passamos por um lugar muito excêntrico, com várias estátuas de anjos pelo caminho, feitos por um artista plástico da região. Bem curiosas !
E com essas nuvens no fundo, parece que Deus estava vindo!
Logo chegamos aos "Queijos Giacomina"!! Foi a própria Giacomina que nos atendeu, uma moça italiana, que aprendeu a arte dos queijos e salaminhos na Itália, com os pais. Degustamos vários e me dá água na boca só de lembrar de cada um mais gostoso tinha lá.
Já na planície de Rodeio (até chegar em Indaial é só planície, ufa!) passamos pela Vinícola San Michele, mas infelizmente estava fechada para almoço. Almoçamos no Restaurante Caminetto (fone: (47) 2284-0551), onde o dono Nilton, ficou muito surpreso em saber que estávamos fazendo o ciclotur, ganhamos um suco para cada um. Ele foi uma das pessoas que ajudou a montar esse caminho.
O restante do caminho até Indaial era meio monótono, uma paisagem repetitiva, com muita terra, poças d'água e chuva que não parava mais. Chegamos a Indaial, uma cidade grande !! nem sei se era tão grande assim, mas aos meus olhos, era uma metrópole! Estávamos tão acostumados com cidades pequenas, que desacostumamos a ver semáforos e muitos carros na rua. Ficamos no Hotel Larsen (R$ 50,00/casal com café), muito simples. Como é bom um chuveiro quente após um dia de chuva e lama! Jantamos num rodízio de pizza chamado La Vonté (nome francês, mas o lugar é simples e barato: R$ 7,90/pessoa, em frente à Prefeitura), recomendamos!
7o dia
Indaial - Pomerode
Caminho plano, bom pra descansar as pernas, vários pontos de abastecimento. Finalmente parou de chover e voltamos a ver um pouco de sol.
Pomerode: ficamos encantados com essa cidade!! As pousadas que nos indicaram para ficar, estavam lotadas, devido a um rally que estava acontecendo, então ficamos no Wunderwald (que significa "floresta maravilhosa", fone: (47)3395-1700), um restaurante com casinhas ao redor, em estilo Enxaimel. Eles alugam as casinhas que são uns mimos! tem banheiro espaçoso, lençol cheiroso, macio e com bordados, cama grandona, ótima recepção,um café da manhã delicioso (tinha strudel e bolachinhas alemãs em forma de coração e de bichos, com açúcar em cima ! hum....). Apesar de ser um pouco mais caro que a média (R$ 90,00/casal), vale muito a pena.
Levamos nossas bicis para uma revisão e limpeza e custou R$ 20,00 cada. Ficaram tinindo! Almoçamos numa loja de conveniência perto do portal.
Saímos para andar pela cidade à noite, tem um centrinho limpo e bonito. Jantamos no Wunderwald um macarrão caseiro e vinho da região.
8o dia
Pomerode - Timbó
Partimos num lindo dia de sol para nosso último dia de aventura... que pena... Ao contrário das outras cicloviagens, não estava tão cansada a ponto de ficar com saudades de casa. Por mim, eu viajava mais um pouquinho. Mas enfim, o ponto de partida é sempre um ponto de chegada também.
Foi a melhor cicloviagem que fizemos. O interior de Santa Catarina é um lugar apaixonante, onde as pessoas são civilizadas e educadas, as cidades limpas, as casas bem cuidadas, praticamente todas com jardim na frente e alguma fruta ou horta plantada. Dá vontade de morar lá! Imperdível !!
DICAS:
- Em SC chove bem o ano todo. Leve anorak, segunda pele, coisas para não ficar com frio durante a pedalada.
- Conseguimos lavar nossas roupas em todas as pousadas que precisamos, geralmente o pessoal deixava usar a lavanderia e a centrífuga (quase todos têm)
- Também conseguimos levar lanchinhos do café da manhã
- No final do primeiro dia ficamos bem cansados, pois é muito puxado. Nos demais dias, o tempo de pedal não é longo e dá pra curtir bem os lugares
- Entre em contato com a organização do Circuito Vale Europeu e lhe enviarão uma lista de lugares para comer e se hospedar: www.circuitovaleeuropeu.com.br
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