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Não faltam referências sugestivas à magia que ronda a cidade. Nomes de lojas, pousadas, restaurantes, cachoeiras e grutas remetem a uma outra realidade. Shangri-lá, como o nome sugere, é uma aprazível e bucólica corredeira, com a respectiva cachoeira, localizada a 17 Km. Com suas águas avermelhadas e cristalinas, o lugar é considerado energético pelos místicos, endossado pelas inscrições rupestres e pela sua paz ali reinantes.
Merece destaque também a gruta do Carimbado, cercada de muitas histórias fantásticas. A lenda mais conhecida diz que ela seria uma ligação entre São Thomé e a cidade inca de Machu Picchu, no Peru, distante centenas de quilômetros. Contribui para sustentar esta crença o fato de nunca ninguém ter alcançado seu fim. O trajeto é muito estreito e em alguns pontos é inevitável não se sujar nas paredes argilosas, daí o nome, Carimbado. Nos salões da gruta da Bruxa foi filmada a mini-série “Filhos do Sol”, da Rede Manchete. Já no povoado de Sobradinho está a gruta do mesmo nome, com 200m de extensão e pequenas piscinas naturais.
O magnetismo da região também está concentrado na Pirâmide, um fabuloso mirante ao lado do Cruzeiro, na parte mais alta da cidade (1430m). A casa, com seu teto geométrico em concreto, aproveita o relevo natural do terreno, tem escadas e salões formados em quartzito. De lá tem-se uma panorâmica de 360 graus, ponto privilegiado para apreciar um inesquecível pôr do sol ou quem sabe até um disco voador.
Noites de lua cheia merecem uma visita à Pedra da Bruxa que, dependendo da incidência da luz, forma a silhueta desta personagem. Outro passeio interessante leva à Ladeira do Amendoim. Se deixados em ponto morto os carros incrivelmente sobem sozinhos a suave inclinação, o que parece contrariar a lei da gravidade. A física explica como ilusão de ótica. O carro que parece subir na verdade está descendo. Devido à configuração do terreno temos esta falsa impressão. Já os místicos falam em energias e magnetismo. A polêmica está lançada: conheça a ladeira e tire suas próprias conclusões!
 CACHOEIRAS
Véu da Noiva: a mais charmosa. Conjuga beleza e praticidade para o banho nas várias piscinas que forma pelo caminho. Seguindo o leito do rio, numa caminhada de 5 minutos, chega-se à cachoeira Paraíso. Uma dica: o melhor horário para o banho é por volta do meio-dia, quando o sol bate diretamente. É que a cachoeira fica em uma fenda na colina. Acesso pela estrada para Cruzília. Distância: 12km.
Paraíso: pequena queda com piscina e prainha de areia branca. Boa para tomar sol. Acesso por trilha, descendo a cachoeira Véu da Noiva.
Eubiose: pequena e aprazível cachoeira, com duchas naturais e piscina. Acesso: estrada para Cruzília, pouco depois do trevo para Sobradinho. É preciso descer um trecho de 10 minutos a pé. Distância: 4 quilômetros.
Flávio: quase o mesmo porte que a eubiose, também com duchas e piscina. Acesso: estrada para Cruzília, depois da Cachoeira da Eubiose. Distância: 5 quilômetros.
Vale das Borboletas: cachoeira bem peculiar, que vaza em duas colunas de água e possui uma pequena caverna com samambaias. As colunas d’água proporcionam uma excelente ducha, além de hidromassagem. Pelo uma vez ao ano o vale fica cheio de borboletas, daí o nome. Descendo o rio chega-se à corredeira Vale dos Gnomos. Acesso; estrada para Três Corações, bem no trevo para Shangri-lá. Para quem desce de São Thomé, entrar à direita. Dali são poucos metros até uma fazenda. Pare o carro e siga a pé, você está perto. Distância: 2,5 quilômetros.
Lua: pequena e charmosa queda d’água. Vale a parada pela proximidade da estrada. Fica no acesso para a comunidade de Sobradinho. Distância: 8 quilômetros.
Gêmeas: duas pequenas cachoeiras muito semelhantes. Boas para banho e hidromassagem. Próxima a Gruta da Bruxa, depois da comunidade de Sobradinho. A distância, de 18 quilômetros, garante um pouco de privacidade na alta temporada.
Cachoeira da Chuva: fica nos limites do Pico do Gavião. A região começa a ser aberta à visitação. Só visite o lugar acompanhado de um guia local.
Corredeiras
Shangri-lá: com certeza um dos lugares mais lindos de São Thomé. Os místicos da região creditam a ela muita energia cósmica. É conhecida por eles como Vale de Maytréia (o novo Avatar). A paz e a inscrições rupestres existentes nas suas redondezas parecem avalizar a posição dos místicos. As pedras, que parecem um mármore rosa, a água avermelhada e a exuberância da vegetação fazem de Shangri-lá um paraíso. Acesso é mais complicado: o indicado mesmo é pagar um guia. Na cidade há guias-mirins credenciados, que não cobram caro. Descer a montanha em direção a Três Corações. Preste atenção: logo no primeiro trevo entrar à direita. Seguir direto na estrada principal. Pare o carro numa tronqueira e siga a pé um trecho que sobe e depois desce um morro, contornando-o à direita. Lá embaixo está o vale. Daí e só seguir por dentro do rio (é bem raso) até as corredeiras propriamente ditas. Obs: não é muito boa para banho. Distância: 17 quilômetros.
Vale dos Gnomos: tem piscina com escorregador natural. Mesmo acesso que a Cachoeira do Vale das Borboletas, descendo o rio.
 GRUTAS
Obs: as grutas de São Thomé estão fechadas para visitação por tempo indeterminado. A medida visa o levantamento de suas condições atuais e a confecção de uma política de uso sustentável.
São Thomé : gruta onde, diz a lenda, foi encontrada a estátua que deu nome à cidade. Algumas inscrições rupestres, logo na entrada, dão base a uma das teorias para a denominação “das Letras” no nome da cidade. Está exatamente ao lado da Igreja Matriz.
Carimbado : palco de uma das lendas mais fantásticas de São Thomé. Ninguém aparentemente chegou ao seu fim. Muitos acreditam que ela faz a ligação entre São Thomé e a cidade inca de Machu Picchu, no Peru, distante centenas de quilômetros. Constitui de um extenso e estreito corredor, revestido por parede argilosa. Em alguns pontos é impossível não se sujar. O nome vem daí: carimbado. Acesso pela estrada que leva à Shangri-lá. Em uma bifurcação sinalizada entra à direita, suba o morro, passe pela curiosa Ladeira do Amendoim e estacione o carro. É preciso subir um trecho a pé, por trilha pedregosa. A gruta é um buraco no chão: entre e solte a imaginação. Distância: 5 quilômetros.
Sobradinho : divertida gruta, próxima ao povoado de Sobradinho. Formada de pequenos salões e lagos internos, tem uns 200m de extensão. Na saída é preciso abaixar bem e quem sabe molhar a roupa. Leve lampião. Há uma pequena queda d’água na saída. Distância: 12 quilômetros.
Gruta da Bruxa : a mais bonita, com seus curiosos salões. O acesso até eles é feito por cordas. Leve lampião. Serviu de locação para as filmagens da minissérie “Filhos do Sol”, da Rede Manchete de Televisão. Os desenhos feitos são o péssimo exemplo deixado pela produção. Distância: 18km, passando pelo povoado de Sobradinho.
Gruta do Feijão : bem próxima à cidade. Cuidado com os paredões. Conta a lenda que os escravos escondiam grãos de feijão em seu interior.
Gruta do Índio : recentemente aberta à visitação. Com as chuvas um lindo poço se forma, permitindo o banho. Seguir para o povoado de Sobradinho, próximo ao Cruzeiro do Cantagalo.
O labirinto: seus vários salões formam um divertido labirinto com oito saídas (ou entradas). Não há risco de se perder lá dentro. A gruta, entretanto, é difícil de ser localizada. Fica no caminho entre o povoado de Sobradinho e a gruta da Bruxa. Vá acompanhado de um guia.
 IGREJAS
Matriz : construída em 1785, a mando de João Francisco Junqueira, para abrigar a imagem de São Tomé (ver História). Há quem defenda que existe uma passagem subterrânea entre a igreja e a gruta de São Thomé, que servia como rota de fuga para pessoas que ali se reuniam secretamente. Eles se encontravam na Matriz e quando alguém estranho percebia a movimentação e murmúrios, todos fugiam pela passagem. De repente não havia mais ninguém na igreja. Segundo estes estudos, a lenda de São Thomé nada mais é que fachada para justificar a construção da Igreja, que não levantaria nenhuma suspeita quanto a seus objetivos. O aparecimento da estátua na gruta e a fuga do escravo ao seu encontro eram apenas sinais para que as reuniões daqueles homens se dessem ali. As pinturas internas seguem o estilo barroco, com paredes e pinturas revestidas a ouro, trabalho atribuído a Joaquim José Natividade, discípulo de Aleijadinho.
Nossa Senhora do Rosário : conhecida como Igreja de Pedra. Os negros escravos não podiam frequentar os cultos na Matriz. Decidiram então construir sua própria Igreja, dando-lhe o nome da padroeira: Nossa Senhora do Rosário. A construção é do século passado e típica de São Thomé das Letras: blocos de quartzito sobrepostos e sem argamassa. É um dos cartões-postais da cidade.
Passos : são pequenas construções do século XVIII. Antigamente eram doze, representando os Passos da Paixão de Cristo. As procissões paravam diante deles, que ficavam espalhados pela cidade. Hoje restam apenas quatro.
Imperdível
Ladeira do Amendoim : no caminho para Carimbado está a Ladeira do Amendoim. Nela, se você deixar o carro solto em marcha lenta ele sobe sozinho. Não se espante, a física explica. Quem vê tem a impressão de que o carro está subindo, mas na verdade ele está descendo, como deve ser. Tudo não passa de ilusão de ótica.
Pedra da Bruxa : Nas noites de lua cheia, dependendo do ponto de vista, é possível ver a silhueta de uma bruxa. Também é um ótimo mirante. Fica praticamente ao lado do Cruzeiro.
 TREKKING
Cruzeiro : parte alta da cidade, de onde se tem uma bela vista de 360º.
Pirâmide : requer mais tempo para conhecer. Trajeto todo por estrada de terra. O trecho entre Fragária e Garganta do Registro tem pontos bastante precários, exigindo de preferência tração nas quatro rodas. Aqui, no alto das montanhas, pode-se desfrutar toda a paz e tranquilidade de um lugar longe de tudo e de todos.
Toca do Leão : pequena caverna de onde se tem uma bela vista das montanhas. Está localizada na cidade, na saída para Cruzília, perto de um campo de futebol.
Pico do Gavião : área de visitação restrita, por servir a exercícios militares. Procure se informar com antecedência e só vá ao pico com a ajuda de um guia local. Local de extrema beleza, com curiosas formações rochosas que lembram figuras. Veja o nome de algumas delas: Jacaré, Espiral, Águia, Gorila, Mãe Preta, Cavalo…
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