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Roteiros de Viagem
O que fazer em Itatiaia - RJ

DDD - 24


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Há muitas trilhas dentro do Parque. Se você é amigo de caminhadas ecológicas, de excursões, montanhismo, vai certamente encontrar trilhas fascinantes, que vão levá-lo às pedras, aos rios, às cachoeiras e às piscinas naturais . Além disso, a vegetação ao redor constitui um prazer indescritível!

A parte alta permite belas vistas da Serra da Mantiqueira e do Vale do Paraíba, enquanto a parte baixa oferece possibilidades de passeios pela mata e encontros com animais.

CACHOEIRAS

Cachoeira Poranga - Você vai apreciar uma cachoeira de grande volume (10 metros), que cai numa piscina natural. Tanto a trilha de acesso quanto o banho de rio exigem um visitante com alguma experiência.

Cachoeira Itaporani - No final da trilha que penetra pela mata, você vai ver essa bela cachoeira e o lago formado por ela.Trilha de acesso fácil.

Cachoeira Véu da Noiva - Aproveite o momento para desfrutar dessa surpresa que a natureza preparou para você, bem no coração da floresta. No final de uma rústica picada, você vai avistar o Córrego Maromba, caindo repentinamente de uma altura de 40 metros para formar essa inesquecível cachoeira. Na época de verão, suas águas se avolumam fazendo jus ao nome. Devido ao constante salpicar de água, as pedras são extremamente escorregadias - é preciso tomar o máximo de cuidado.

Cachoeira do Airuoca - Esta caminhada já é um pouco mais longa. Depois de passarmos pelo Altar, segue-se vale abaixo. No mínimo, o percurso gasta 3 horas para ida. A cachoeira é majestosa e apresenta um bom volume de água. Em sua queda de aproximadamente 20 metros é formado um poço ideal para o banho. Para os mais aventureiros, a cachoeira é propícia para o canyoning. É recomendado o acompanhamento de um guia.

Cachoeira das Flores - Seu acesso é muito fácil e rápido. A Cachoeira fica a 10 minutos depois do Abrigo Rebouças, sentido Pico das Prateleiras, lado esquerdo. Apesar de sua queda ser pequena, sua beleza é indiscutível. Para aqueles que gostam de um banho gelado, a cachoeira oferece um poço.

Cascata e Piscina da Maromba - Acesso fácil a partir de uma escada de cimento que corta a mata. O Rio Campo Belo, que corta quase todo o parque, forma a queda-d'água com 5m de altura e a piscina natural, ideais para banho e ducha.

ESCALADA

Podemos considerar o Planalto do Itatiaia como um dos paraísos do alpinismo de nosso país. Existe mais de uma centena de vias grampeadas para todos os níveis, iniciantes ou experientes. Para os conquistadores é um prato cheio. Muitas vias ainda podem ser abertas. Faremos um breve comentário dos melhores points.

Acampamento Hotel Alsene - Bem a frente da área de camping, no conjunto chamado de Ana Chata, ou Pedra do Camelo, existem vias de 3º graus (logo em sua base), uma via que alcança o Topo de 5º grau, mas mal protegida em seu ponto crítico. Mas a direita temos outras vias para escaladores de maior experiência - 7º.

Couto - São cerca de 15 vias em um paredão que deve alcançar aproximadamente 20 metros. São muito bem grampeadas. As mais fáceis (4º grau) estão a direita. Indo mais para esquerda encontramos vias até de (7º sup.) e talvez 8º.

Vias da Estrada - Depois da guarita de entrada do parque, observe sempre no lado direito da estrada. São quatro pontos distintos em aproximadamente 1,5 kms. São vias de 3º, 4º, 5º e 6º graus. No total são 9 vias.

Pico das Agulhas Negras - A Pontão, Normal, Estudantes, e Gimini são opções de algumas das vias de ascensão para o topo, mas são relativamente fáceis. Quase no trecho final da Pontão, encontramos a Oba-oba (4º) e a via do Açu (que dá acesso para o livro) 3º sup.

Pedra do Altar - Há várias vias. Umas recomendadas para iniciantes com esticões da quase 50 metros e outras para alpinistas mais experientes, onde é possível chegar ao topo do Altar.

Pedra das Prateleiras - Também aí encontramos várias vias, tanto no lado sul como no norte. Não é um bom lugar para escaladores iniciantes. Existem as chaminés que são mais fáceis, mas requer proteção móvel. Já as outras classificam-se de 6º a 8º graus.

Paredão Carolina - Logo que se tem acesso a trilha para as Prateleiras, é o primeiro paredão. É uma via um pouco mais longa, mas em 3º grau.

PARQUE NACIONAL

História do Parque

Paraíso de montanhistas, excursionistas e amantes da natureza em geral, o Parque Nacional de Itatiaia foi a primeira área do país a ser transformada em Unidade de Conservação, com o intuito de preservar, para fins científicos, educacionais, paisagísticos e recreativos, o seu patrimônio natural e cultural.

As terras, que inicialmente constituíam o Parque, pertenciam ao Sr. Irineu Evangelista de Souza, Visconde de Mauá, e foram adquiridas, em 1908, pela Fazenda Federal para a criação de dois núcleos coloniais. No entanto, a falta de êxito deste projeto fez com que toda área fosse transferida para a responsabilidade do Ministério da Agricultura que, em 1929, se encarregou da criação de uma Estação Biológica subordinada ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Em 1913, a partir de um conselho do botânico Alberto Lofgren, surgiu a idéia de transformar essas terras em Parque Nacional. No mesmo ano, José Hubmayer declarou na Conferência da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro seu apoio à causa, definindo o lugar como "sem igual no mundo".

A região ainda levou algum tempo para ser transformada em Parque Nacional. Somente em 14 de junho de 1937, um Decreto Federal assinado pelo Presidente Getúlio Vargas definiu para ele uma área de cerca de 12.000 ha, na região onde se situava a então "Estação Biológica de Itatiaia".

Em 1982 (pelo decreto-lei nº 87.586, de 20 de setembro), a área foi ampliada para a sua dimensão atual, estimada em 30.000 ha, com altitudes variando entre 700 e 2787m (ponto culminante: o Pico de Itatiaiaçu, no maciço das Agulhas Negras), o que caracteriza um relevo bastante acidentado.

Cerca de 80 mil pessoas visitam o Parque anualmente.

Ecossistema

O Parque Nacional de Itatiaia possui um patrimônio paisagístico de rara beleza cênica.

Ocupando o maciço do Itatiaia, o Parque apresenta diferenças de altitude que vão de 700m até 2.787m acima do nível do mar. O ponto culminante é o pico do Itatiaiaçu, nas Agulhas Negras.

As montanhas elevam-se de forma abrupta até atingir uma região de planalto na altitude de 2.450m, de onde nascem rios que vão formar a bacia do rio Paraíba do Sul, no lado do estado do Rio de Janeiro, e as microbacias do lado do estado de Minas Gerais, que contribuem para a grande bacia do rio Paraná.

Foi no século passado que estudiosos, cientistas naturalistas, geógrafos, geólogos e botânicos começaram a estudar o maciço de Itatiaia. Entre outros, cumpre mencionar Franklin Massena, Barão Homem de Mello, Alberto Lamego, Campos Porto, A.J. Sampaio, A. J. Brade. Merecem ainda destaque especial o entomologista José Francisco Zikan e, atuante ainda hoje, o Prof. Élio Gouvêa. Houve também pesquisadores estrangeiros que deram preciosas contribuições para o conhecimento científico do PNI.

Na porção sul do Parque, predomina um ecossistema exuberante, com uma biodiversidade riquíssima. Destacam-se paisagens como o mirante Último Adeus, de onde podem ser vistos os vales, as encostas, a piscina natural da Maromba, as cachoeiras Véu da Noiva, Itaporani, Poranga e o Lago Azul.

Na região do planalto, onde se situam o Brejo da Lapa e as formações rochosas da serra das Prateleiras, o pico do Altar, a Pedra Furada e o pico do Itatiaiaçu, entre outras, predominam os Campos de Altitude, alterando gradativamente a vegetação da floresta. Outros pontos de destaque são os Três Picos e o paredão da Água Branca.

A fauna e a flora são particularmente interessantes, com espécies endêmicas (só existem na região), como a bromélia Fernseca itatiaiae, encontrável nos Campos de Altitude. Outras espécies, infelizmente, estão ameaçadas de extinção. É o caso, entre outros, do gavião-real (Harpia harpyja) e, na flora, da Itatiaia cleistopetala, por exemplo.

Geomorfologia - Relevo

As unidades dos grandes domínios morfoestruturais são representadas pela Serra do Mar, pelo Vale do Paraíba, pela Serra da Mantiqueira e pelo planalto do Sul de Minas. O Parque está localizado na província biogeográfica da Serra do Mar.

A Serra da Mantiqueira eleva-se abruptamente na região do Itatiaia. É recortada por vales profundos e perfis escalonados.

O maciço de Itatiaia é formado por rochas intrusivas. Caracteriza-se também pela ocorrência de um tipo de rocha eruptiva, incomum em território nacional, denominada nefelino-sienito. As Agulhas Negras são formadas por rochas alcalinas, do tipo eruptivo - mas não vulcânico. O pico Itatiaiaçu (2.787m) é o terceiro mais alto do Brasil.

Destacam-se ainda as Prateleiras (2.540m), a elevação da serra Negra (2.560m), a pedra do Couto (2.682m), o pico da Maromba (2.607m) e a Cabeça do Leão (2.408m).

No oeste, aparece ainda a Pedra Furada (acima de 2.500m) e, no leste, os Dois Irmãos (cerca de 2.400m) e os Três Picos (pouco além de 1.700m).

Outras formações interessantes são a Pedra da Tartaruga e a Pedra da Maçã.

As montanhas e os penhascos da região do Itatiaia são um deslumbramento: suas formas diversificadas - ora arredondadas, ora escarpadas ou pontiagudas - dão tal sensação de imponência e de grandiosidade que, uma vez lá em cima, o visitante pensa ter alcançado a morada dos deuses.

Hidrografia

O rios que nascem no PNI descem em direção a duas bacias hidrográficas distintas: a do rio Paraíba do Sul e a do rio Paraná. Importantes redes de drenagem são o rio Preto (afluente do Paraíba do Sul) e os rios Aiuruoca e Grande (formadores da bacia do Paraná).

O Campo Belo - que tem o Ribeirão das Flores como principal formador - e o rio Salto também são dignos de destaque. A drenagem do rio Salto abrange desde as Prateleiras e Pedra do Couto até a garganta do Registro e parte do maciço de Passa Quatro. Esse curso d’água demarca a divisa entre o Rio de Janeiro e São Paulo, desembocando no Paraíba do Sul.

Na região noroeste, o rio Capivari drena grande parte do esporão da Capelinha, dirige-se para o rio Verde, formador do rio Grande.

No sul, há os ribeirões do Palmital, Itatiaia, Carrapato, Água Branca, Barreto e Portinho, assim como os rios Alambari, Pirapetinga, Marimbondo e Pavão.

Esses rios são encachoeirados e encantam os freqüentadores do Parque. O ribeirão das Flores, por exemplo, a 1.100m, forma a cascatinha do Maromba e o famoso Véu da Noiva. O Campo Belo, por sua vez, forma as cachoeiras Itaporani, Piturendaba, Poranga e Tupi.

Clima e Nevascas

Na região do planalto o inverno é rigoroso e a temperatura pode descer até 15ºC, congelando riachos e pequenos lagos, ocasionando nevascas como as registradas em 1976, 1985 e 1988. Nesses anos, houve uma corrida de pessoas a Itatiaia, que não queriam perder um fenômeno tão raro na região sudeste.

A nevasca mais expressiva foi a que ocorreu em 1985, tendo recebido grande destaque na chamada grande imprensa (falada e escrita). Representou um fato inesquecível e até hoje esse assunto é mencionado pelas pessoas como um marco na história do PNI. São comuns também as geadas, que ocorrem geralmente de maio a outubro.

O mês de janeiro é considerado o período mais quente, com uma temperatura média de 13,6ºC e o de julho, o mais frio, com média de 8,2ºC. Nas regiões altas, registra-se com freqüência temperatura abaixo de zero. A época mais chuvosa ocorre no mês de janeiro (média de 27 dias) e há chuvas intensas de outubro a abril. No final deste mês, escasseiam as precipitações pluviais até o início de outubro. O mês de agosto é, normalmente, o mês mais seco. Durante o ano há 148 dias encobertos. Os ventos dominantes são NW.

Flora

O Parque Nacional é composto por vários andares de vegetação remanescente de ecossistemas primitivos e apresenta diversos graus de interferência humana.

Sua flora é característica e peculiar, particularmente no planalto do Itatiaia, possuindo número expressivo de espécies endêmicas (só ocorrem no Parque). Existem 163 casos, entre os quais 94 vivem na parte mais elevada do maciço.

A vegetação sofreu muito com a ação do homem, sobretudo nas duas primeiras décadas do século XX, devido à devastação, para fins agrícolas, e à extração da madeira.

Houve vários casos de incêndio. Um deles, ocorrido em 1988, representou uma verdadeira catástrofe ecológica. Segundo dados publicados pela imprensa da época, cerca de 50 km² do Parque já sofreu destruição, causada pelo fogo, o que prejudicou muito a vegetação e a fauna locais.

Boa parte dessa região é hoje coberta por uma floresta secundária. Os locais de vegetação primitiva são limitados e, em geral, situados em grotas fundas, sombrias e de difícil acesso.

Os estudiosos distinguem três grandes formações vegetativas no PNI:

  • Formação da Região Sul;
  • Região dos Campos de Altitude
  • Formação da Região Norte.

    Formação da Região Sul - altitudes de 600 a 1 800 m, com encostas e escarpas abruptas (são dessa formação a Floresta Pluvial Baixo-Montana e a Pluvial Montana).

    São comuns a quaresmeira (Tibouchina estrellensis); o fedegoso (Cassia multijuga); o jacaré (Piptadenia); a embaúba (Cecropia sp.).

    As árvores mais altas não ultrapassam 15 m e seus troncos são finos. Existem, contudo, trechos primitivos, onde as espécies arbóreas atingem até 30 m de altura, destacando-se o jequitibá (Cariniana sp.); o cedro (Cedrella sp.); a peroba (Aspidosperma sp.) e o jacarandá-caviúna (Dalbergia nigra).

    A Floresta Pluvial Baixo-Montana (faixa de 800 a 1000 m de altitude) apresenta também vegetação secundária. Predominam capoeiras, com freqüência também de quaresmeiras. Há ainda a embaúba (Cecropia spp.), a canafistula (Cassia multijuga), Clethea brasiliensis, entre outras espécies. Nota-se rica vegetação arbustiva e herbácea.

    Nos trechos em que as matas secundárias se encontram em estado de regeneração avançado, predominam as Vochisiaceae Meriana claussenii (murici) e Tibouchina arborea, associadas a várias outras espécies de árvores, com grande freqüência da palmeira-juçara (Euterpe edulis).

    É riquíssima a flora que adorna os rochedos, os troncos e os galhos da vegetação. Lianas e trepadeiras procuram a luz nas copas das árvores. As ervas ao longo dos córregos enfeitam ainda mais a natureza.

    Entre 1000 e 1800 m, ocorre uma modificação na composição florística da vegetação. Já estamos na Floresta Pluvial Montana, com certo caráter de primitividade, embora seja ainda uma floresta em reconstituição.

    As árvores atingem 20 e 30 m, algumas chegam a 40 m. Entre as principais, destacam-se: Jacaranda caroba (caroba); Croton urucurana (sangue-de-drago); Cedrela angustifolia (cedro); Ocotea sp. (canela); Melanoxylon braunia (braúna); Virola bicuhyba (bicuíba).

    No sub-bosque são comuns bambus, samambaiuçus, lianas, begônias, samambaias e aracéias.

    No estrato herbáceo, aparecem Pilea, Dorstenia, gramíneas, marantáceas, musáceas e canáceas, entre outras.

    Na região, Selaginella, orquídeas e burmaniáceas são um toque plástico na aquarela da natureza. Os visitantes enchem os olhos de cor e beleza.

    À medida que a altitude aumenta, as espécies vão sendo substituídas. As quaresmeiras (Tibouchina estrellensis) dão lugar a Tibouchina fissinervia; a palmeira-juçara (Euterpe edulis) cede a vez à pequena palmeira (Geonoma schottiana).

    Os samambaiauçus têm seu nicho ocupado, acima dos 1000 m, por Alsophila elegans, Dicksonia sellowiana e Hemitelia capensis.

    Acima dos 1 500 - 1 700 m, as espécies se revestem de características mais diversas ainda. A floresta passa a ser povoada por vegetação de menor porte e mais aberta, com árvores e arbustos baixos, predominando o sangue-de-drago (Croton urucurana).

    A partir dos 2 000 m, dominam os arbustos (Myrtaceae, Melastomataceae, Myrsinaceae, etc.). Bengalas (Chusquea pinifolia) e trepadeiras, como Mikania, Fuchsia, Senecio, Valeriana, Griselina, entre outras, povoam as altitudes.

    A Região dos Campos de Altitude surge quando as condições ambientais não permitem a evolução das formas arbóreas e cedem lugar aos arbustos e, finalmente, às plantas herbáceas e briófitas (como o musgo, por exemplo). Desenvolvem-se nas zonas mais acidentadas do planalto (a partir de 1 600 m). A vegetação é campestre.

    A paisagem florística é exuberante, predominando as gramíneas, mas há também orquídeas, bromélias e cactáceas. Esta flora é extremamente especializada.

    É interessante observar como a vegetação sofreu adaptações para suportar os períodos mais frios do inverno, como densa pilosidade e folhas coriáceas (isto é, semelhantes ao couro), estando algumas espécies já possivelmente preparadas para se protegerem dos incêndios comuns no planalto.

    Entre as espécies mais importantes estão a cabeça-de-negro (Cortaderia modesta) e o bambuzinho ou bengala (Chusquea pinifolia).

    No altiplano, desenvolvem-se pequenos grupos de matas, com árvores de pequeno porte (Rapanea, Symplocos, Drimys, Roupala, entre outras).

    Na Formação da Região Norte - nas encostas e nos vales dos rios Capivari, Aiuruoca, Grande e Preto -, em altitudes variando de 1 500 a 2 000 m, também se tem uma Floresta Pluvial Montana.

    Esta região se distingue da que aparece na parte Sul pela presença do pinheiro-do-paraná (Araucaria augustifolia) e pinheiro-bravo (Podocarpus lambertii) que, associados às demais espécies, dão origem a matas mistas.

    São freqüentes ainda epífitas, sobretudo líquens, samambaias, musgos, cactos e gravatás. O estrato arbustivo compõe-se de samambaias arborescentes e de ervas, arbustos, flores hermafroditas, plantas lenhosas e de folhas opostas (melastomatáceas, mitáceas e rubiáceas).

    Fauna

    A fauna do Parque Nacional de Itatiaia apresenta aspecto endêmico peculiar, como ocorre também com os vegetais.

    O grupo mais representativo são os insetos. Estima-se que haja 50 000 espécies na área de Itatiaia (cerca de 90 delas são exclusivas da região alta do Parque). O entomologista José Francisco Zikan organizou uma rica coleção dos insetos do Parque.

    Parte do acervo recolhido pelos especialistas se encontra exposta no museu do PNI. A outra parte acha-se no Instituto Oswaldo Cruz (RJ), a serviço da ciência.

    Entre os aracnídeos, são encontrados gêneros como a aranha-do-jardineiro (Lycosa); a aranha-armadeira (Phoneutria) e a caranguejeira (Ramphobetaus).

    A ictiofauna é rara, a partir dos 750 m de altitude, devido às condições ambientais desfavoráveis - apesar da riqueza hidrográfica, os rios são pobres em plâncton. O cascudinho e o pequeno bagre são os peixes mais comuns.

    A fauna dos anfíbios, em compensação, é rica e interessante. São conhecidas no Parque 64 espécies de sapos, rãs e pererecas (anuros), 24 delas distribuídas nos vales, charcos e na vegetação do planalto. Entre os vários tipos, destacam-se: o grande sapo-itanha, o sapo-cururu e dois sapinhos do planalto: o Melanophryniscus moreirae - de barriga vermelha - e o Elosia pulchra , endêmico da região.

    Há cerca de 25 espécies de répteis em todo Itatiaia, cinco delas conhecidas no planalto. Além de ofídios peçonhentos, são dignos de menção a jibóia (Boa constrictor), o teiú (Tupinambis teguixim), pequenos lagartos e a tartaruga-d'água (Chelodina longaicollis).

    As aves representam um grupo faunístico bastante significativo. Aproximadamente 42 tipos vivem na região mais elevada.

    A avifauna típica é composta pelo inhambu-açu (Crypturellus obsoletus), jacu (Penelope obscura), cuiu-cuiu (Pionopsita pileata) e pela pomba-amargosa (Columba plumbea) . Há numerosos tucanos, gaviões e maritacas.

    O gavião-real (Harpia harpyja), por exemplo, outrora habitante do vale do Paraíba do Sul, hoje só é encontrado na forma de pequenos exemplares, sitiados nas elevações rochosas do planalto.

    Os mamíferos totalizam 67 espécies e contribuem com 16 tipos residentes no planalto de Itatiaia. Há primatas, edentados, roedores, carnívoros, lagomorfos, quirópteros, artiodátilos, marsupiais. Merecem destaque a preguiça (Bradypus tridactylus) e a lontra (Lutra sp.).

    Já se extinguiram ou estão ameaçados de extinção, entre outros, o sagüi (Callithrys aurita), a suçuarana (Felis concolor), o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) e a harpia (Harpia harpyja).

    Élio Gouvêa, um estudioso da região, afirma que, durante a implantação dos Núcleos Coloniais de Itatiaia e de Mauá e, posteriormente, a criação da Estação Biológica de Itatiaia (1908-1928), noticiava-se a presença da onça-pintada (Panthera onca), da anta (Tapirus terrestris), do macuco (Tinamus solitarius), da jacutinga (Pipile jacutinga), doinhambu-xororó (Crypturellus parvirostris), do bugio (Alouatta guariba clamitans) e de dois tipos de sagüis (Callithryx aurita coelestis; Callithryx penicillata jordani). Esses animais se extinguiram, tendo alguns deles desaparecido mesmo antes da criação do Parque Nacional.

    Por outro lado, apesar das agressões sofridas pelo ambiente, há espécies que se refugiaram no interior do Parque, principalmente nos Campos de Altitude: entre eles, o tatu-canastra (Priodontes giganteus) e o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla).

    Hoje, tem-se notícia, inclusive, do reaparecimento de uma das espécies de sagüi, mas esta não foi ainda identificada.

    Localização

    Municípios de Itatiaia e Resende, no Rio de Janeiro, e Itamonte, Alagoa e Bocaina de Minas, em Minas Gerais, entre as coordenadas S 22º15' e 22º25' e W 44º35' e 44º45'.

    Horário e Preços

    O Parque está aberto diariamente, das 8h às 17h, com ingressos a R$ 3,00 por pessoa e R$ 5,00 por veiculo.

    TREKKING

    Lago Azul - A caminhada de 400m tem início no Centro de Visitantes, em direção a pequenas quedas-d'água que criam um lago de águas verdes, rodeado de rochas lisas. Muito cuidado para não escorregar.

    Além disso, aí você encontra churrasqueiras que podem ser usadas, mediante reserva antecipada na Administração ou no Portão principal do Parque.

    Piscina Natural do Maromba - A caminhada até aqui foi longa, 4.000 metros desde o Museu. Você se encontra a 1 100 m de altitude. Nesse local, o rio de acalma para formar uma piscina natural. Se você for experiente, pode arriscar um banho em águas geladas - com certeza irá ganhar vigor extra para continuar a caminhada. Uma pequena trilha de 380 metros irá levar você até o Véu da Noiva.

    Mirante Último Adeus - Desse mirante, sobre uma pedra de 90 metros de altura, pode-se observar uma paisagem belíssima das matas em volta e o Rio Campo Belo. É este rio que com suas águas cristalinas abastece o município de Itatiaia.

    Pico das Agulhas Negras - Com 2787 metros, o Pico das Agulhas Negras é o ponto mais alto do Estado do Rio de Janeiro. Sua composição cienítica é bastante rara, havendo apenas quatro montanhas do mundo com este tipo de formação. A vegetação ao redor de sua base é rasteira, composta basicamente por gramíneas, que despontam entre a grande quantidade de rochas ali presentes.

    A cor negra das rochas confere um aspecto peculiar ao Pico, solenemente fincado ao final da trilha e estranhamente esculpido de entalhes, que são oriundos do processo de erosão de líquens, água, vento e gelo, decorrente das baixas temperaturas, que formaram profundas caneluras verticais, em sua superfície, deixando seus cumes escarpados como cristas pontiagudas, justificando claramente sua denominação, e fixando sua impressionante marca na lembrança daqueles que o admirem.

    Magnífica é a vista do topo da montanha, abrangendo os Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Apesar da conquista de seu topo não ser difícil é imprescindível a presença de um guia experiente, munido de equipamentos e técnicas de alpinismo o que traduzirá em segurança e auxiliará a você não se perder no caminho, que é um tanto quanto confuso.

    Há vários caminhos (vias) para o seu topo. O mais recomendada é o chamada de Pontão, que dura de 3 a 5 horas de caminhada e é necessário o auxílio de cordas em dois pontos para maior segurança. Ao alcançar o seu cume o ecoturista dispõe de um livro para registrar sua assinatura. Acompanhado de um guia chagar a este ponto não é perigoso, mas é preciso um pouco de coragem. Além da Pontão, existem outras vias que requer alguma experiência: a Normal, a Bira (passagens de 3º e 4º graus) a Estudantes (passagens de 3º e 4º graus) e a Gimini.

    Pico das Prateleiras - São formações rochosas enfileiradas umas ao lado das outras, de forma ovalada e que se justapõe num incrível processo de equilíbrio natural.

    O ponto culminante das Prateleiras é a Pedra do Gigante, ocupando lugar de destaque devido ao seu volume . Tem a aparência de um gigante abraçando uma imensa rocha no alto da montanha, ou de um grande cachorro. A 2548 metros, localiza-se seu cume, facilmente atingido em aproximadamente 2 horas. A subida necessita do acompanhamento de um guia experiente que disponha de equipamentos de segurança e técnicas de alpinismo. Para iniciantes o caminho (a via) mais recomendado é o sul. Ao retornar pode se realizar o "Rapel", ou seja descer dependurado por uma corda. A descida de 50 metros, provoca uma sensação de liberdade, emoção e muita adrenalina. A segurança é total.

    Bem perto das Prateleiras encontramos outras atrações. Para os adeptos do alpinismo, nas Prateleiras encontramos várias vias, tendo opções de 5º a 8º graus. É necessário alguma prática para a escalada nestas vias.

    Pedra da Tartaruga / Pedra da Maçã - Muito próximo a Pedra das Prateleiras encontra-se uma área plana, de formação rochosa, a cerca de 2400 m de altitude, onde se avistam duas rochas e um pequeno lago. A vista deste local também é recompensadora. Para chegar a tais formações é necessário apenas uma caminhada, recomendada até para a 3ª idade. O local é considerado um dos mais belos do Parque Nacional do Itatiaia.

    Pedra da Tartaruga - é uma pedra equilibrada nas extremidades da base por pequenas rochas, com aproximadamente 7 m de altura, 8 m de largura e 8 m de comprimento. Usando-se um pouco da imaginação consegue-se observar um casco semelhante ao de uma tartaruga. Para os alpinistas, existe uma via de grau de dificuldade elevado. (7ºsup.)

    Pedra da Maçã - sua forma assemelha-se a uma maçã com 9 m de altura e 6 m de diâmetro. Um pouco abaixo, existe uma região alagada, onde se encontra um pequeno lago de água cristalina.

    Pedra Sentada - Bem próximo as Pedras da Tartaruga e Maçã, existe a Pedra Sentada. Com um visual incrível e formato curioso seu acesso requer a presença de um guia, principalmente se o intuito é chegar ao seu topo. Muito pouco visitada, apesar de seu acesso fácil, a Pedra Sentada possui um livro para os que conseguem chegar aquele ponto. É necessário o uso de equipamentos de segurança.

    Pedra do Altar - A primeira parte da caminho é a mesmo do Pico das Agulhas Negras, porém em certo ponto, toma-se outro rumo. O trajeto de aproximadamente 90 minutos, é pouco acidentado, mas percorre a crista de uma cadeia de montanhas de cerca de 2500 m. O visual é magnífico. Chegando-se ao cume da Pedra do Altar, tem-se ao fundo, o Vale do Airuoca, ao lado o Pico das Agulhas Negras, e na frente um pequeno vale cortado pela estrada de acesso as Prateleiras. Se o tempo estiver límpido com pouca possibilidade de mudança, seu acesso pode ser feito sem guias. Caso contrário o caminha tornar-se-á, muito confuso. Na Pedra do Altar há várias vias de escaladas, inclusive recomendada para iniciantes, bem como algumas de grau de dificuldade elevado.

    Abrigo Rebouças - Abrigo para 28 pessoas, localizado a 2540 metros de altitude. É utilizado por grupos de pesquisadores e montanhistas. As Forças Armadas também ocupam esse local para treinamento em montanha.

    Três Picos - Localizado no final de uma trilha de 6 km por dentro da Mata Atlântica, os Três Picos oferecem uma visão do vale do Rio Paraíba, do Parque e dos contrafortes da Serra da Mantiqueira. Vale a pena ir até lá mas é preciso bastante preparo físico dos caminhantes!

    Travessia Serra Negra – Visconde de Mauá - Apesar do Parque Nacional do Itatiaia, oferecer outras travessias, a única permitida pela sua administração é esta. Para realizar a travessia são necessários dois dias. O percurso corta o Vale do Airuoca, uma porção da mata chamada Serra Negra, cachoeiras e pequenas propriedades rurais. A saída é feita no Planalto do Itatiaia, ao lado do Hotel Alsene. Praticamente a totalidade do trajeto é feito por trilhas, sendo necessário pelo ecoturista a prática de caminhada. São tantos atrativos durante a travessia que o fator distância deixa de ser um obstáculo.

    No primeiro dia são cerca de 7 horas de caminhada. Depois é montado o acampamento. Para aqueles que gostam de luxo, não existe pousadas. No dia seguinte, são mais 5 horas e a chegada na verdade, é próximo da famosa Cachoeira do Escorrega em Maromba. O banho é como um prêmio. Depois, vale conhecer as vilas de Maromba ,Maringá e Visconde de Mauá. A dica indispensável é fazer a travessia participando de um pacote turístico, pois é necessário estrutura e conhecimento do trajeto.

    Pico do Couto - Logo que passamos a guarita do Parque Nacional do Itatiaia, virando a direita, temos uma pequena estrada que leva a uma torre. Antes de chegarmos a torre, existe uma pequena clareira para estacionar o carro. Seguindo por uma trilha (de onde podemos avistar outra torre menor) depois de uns 20 minutos estamos na base do Pico. Basta continuar subindo. A visão é compensadora. Existem várias vias para os alpinistas variando de 4º a 8º graus. Para aqueles que praticam para-pente ou vôo livre, existem estórias que dali já houveram decolagens.

    Travessia Couto/Prateleiras - Com o mato muito alto, e sem uma trilha definida, esta é recomendada para aqueles que tem uma boa disposição. O visual é incrível pois a travessia é feita sobre a crista destas duas formações. Para baixo vemos um grande declive.



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