Coluna de Lu Marini Um Recorde no Paramotor com Presença Brasileira
A cada dois anos, acontece na pequena cidade de Basse-Ham, localizada a cerca de 350 km de Paris, na França, a Bienal Mundial de Paramotor, um encontro que reuni pilotos apaixonados pelo esporte vindos de todo o mundo.
Como Presidente da Associação Brasileira de Paramotor, fui convidado a representar o Brasil nessa maravilhosa festa, que aconteceu no período de 27 a 29 de junho deste ano, mas antes de entrar nos detalhes do evento vamos falar um pouquinho desse esporte que cresce 30% ao ano no Mundo e que no Brasil ganha cada vez mais adeptos.
Para quem não conhece o Paramotor, essa atividade desportiva é a maneira mais seguro de voar. Com o auxilio de um motor de propulsão é possível decolar de qualquer área e realizar vôos em baixa altura e a longas distâncias. Isso, graças à vela flexível de controle aerodinâmica, a mesma utilizada nos vôos de Parapente.
O esporte nasceu na Europa no final da década de 80 pela iniciativa de um piloto de Parapente que estava cansado de subir as montanhas para voar, e muitas vezes subir, mas não encontrar condições de vento para decolar.
Então, resolveu pegar um motor de moto, fazer adaptações e tentar voar saindo do chão. Conseguiu, e a partir daí nascia um novo esporte aéreo.
No Brasil o esporte chegou em meados de 94 de forma muito tímida e continuou assim por quase 12 anos. Somente com a fundação da ABPM – Associação Brasileira de Paramotor, o esporte ganhou força e atraiu novos praticantes.
Agora, voltando ao encontro, já estou em Basse-Ham, a capital do Paramotor. O evento foi idealizado por Jean Claude Ludwig (foto ao lado) acontece há 18 anos, e contou com a a participação de poucos pilotos. Hoje são mais de 500 atletas vindos de diversas partes do mundo, mais de 60 expositores e um número surpreendente de mais de 10.000 visitantes nos 03 dias de evento.
Minha viagem até a pequena cidade começou por Paris, tempo para uma visita rápida ao glamour que rodeia a cidade, mas minha vontade era mesmo trocar as passarelas da moda, e vitrines recheadas de marcas famosas, pelo ar puro, natureza e um belo vôo, sentindo o vento no rosto e deslizando pelo ar como um pássaro. E não demorou muito. De Paris, com um carro alugado, segui para Basse-Ham. Durante a viagem passei por pequenas cidades conhecidas pelas suas atividades na produção de vinhos. Foram 4 horas de viagem e a vontade de voar era tanta que larguei as malas no hotel e fui para o local do encontro, que ainda estava sendo preparado para a festa que começaria no dia seguinte.
No caminho, minha surpresa. Já era possível ver alguns paramotores voando o que acelerou ainda mais meus batimentos cardíacos. Já eram quase 7 horas da noite, mas minha alegria foi que nesta época do ano a noite chega somente depois das 22hs. Foi chegar e voar.
Estar presente e fazer parte dessa grande festa foi uma emoção muito grande. Voar com feras, como o francês Laurent Salinas e conhecer grandes fabricantes de Equipamentos e suas novidades, foi enriquecedor para o esporte no Brasil.
Um destaque foi a presença de Gilo Cardoso( foto ao lado), da fabrica inglesa Parajet, que apresentou na feira o primeiro paramotor Elétrico, e que estará a venda a partir de setembro deste ano. Para quem não sabe, Gilo conseguiu um feito surpreendente. Sobrevoou juntamente com seu companheiro Bear Grylls (à prova de tudo), o monte Everest, uma expedição transmitida pela Discovery Channel e que em uma próxima ocasião descreverei para vocês todos os passos dessa aventuras, já que acompanhei de muito perto essa missão.
Agora, o melhor de tudo durante o encontro, foi à quebra do recorde mundial de paramotores voando ao mesmo tempo. Este ano foi possível colocar no ar de Basse-Ham, mais de 320 paramotores. Por cerca de 50 minutos de pura emoção, o céu da pequena cidade abriu os braços para receber esses aventureiros voadores e foi correspondida por uma maravilhosa imagem jamais vista em todo o mundo. Mais de 320 Paramotores voando ao mesmo tempo e colorindo o seu da cidade.
Melhor do que falar é viver através das imagens, o que eu vivi. E pra mim, resta dizer – até a próxima.
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