O Enduro da Aventura chegou ao fim após 2 meses e 7 dias de muita adrenalina, foram mais de 2.500 km percorridos de carona e a pé em busca de cachoeiras, pontes, montanhas e tudo mais que pudesse proporcionar um boa aventura.
Teve inicio no dia 07 de março, em Frederico Westphalen – RS, onde Gelson e Sandra partiram de carona, levando em suas mochilas equipamentos, utilidades, roupas, uma barraca, maquina fotográfica, e tudo mais que pudessem precisar para este desafio, mas o mais importante de tudo era a coragem para enfrentar todos os imprevistos e dificuldades para concluir com êxito esta aventura.
Foram dias de muito calor, outros com chuvas, frio, cansaço e muitas vezes solidão, mas ao final a satisfação de Ter superado todos os obstáculos e curtido todos os momentos alucinantes, com paisagens exuberantes e encantadoras.
A maior dificuldade realmente foi a dificuldade de locomoção, tanto pela quantidade de bagagem que carregávamos como pelo acesso aos locais de praticar esportes radicais serem sempre distantes da cidade e geralmente em estradas do interior.
Outra dificuldade foi a solidão (que ocorria geralmente por ser dias de semana) que em muitas ocasiões dificultava a prática de algumas aventuras ou as tornava muito perigosas.
Em compensação na maioria das vezes tivemos a alegria de conhecer muitas pessoas super camaradas que nos ajudaram e nos acompanharam em partes das nossas aventuras.
Vou fazer um resumo dos lugares que passamos e aos que interessar saber mais detalhes dos locais entrem em contato comigo que terei o maior prazer em dar todas as dicas.
Nossa primeira parada foi em Tabai, onde praticamos um rappel no Morro do Meio (62m) e escalamos alguns paredões em top hop (por não haver vias abertas) onde conhecemos os Policiais Rodoviários Pocahy e Redu, que foram nossos grandes amigos, participaram e nos ajudaram muito.
A próxima aventura foi em Muçum, na Segunda mais alta ponte ferroviária do mundo com 147m, foi o mais alto rappel de nossa aventura e sem duvida um dos mais emocionantes. Nossos companheiros foram o Super de Fred. Westp. e o Ede que conhecemos ainda em Tabai.
Passamos em Monte Negro, Caxias e Paramos em Flores da Cunha onde temos alguns parentes que por coincidência também praticam rappel, ai juntamos a fome com a vontade de comer e fizemos rappel na ponte do Rio das Antas (70m), no mirante Bordin e na cascata do Gelain ambos com quase 90m, esse foi sem dúvida o rappel onde tivemos maior número de companheiros (meus primos Gringo, Rudi, Adri, Adi e Lidia, Luciane, Thomas, Jair e o Machado).
Em seguida fomos sozinhos em Antônio Prado, (cachoeira da usina 63m e mais duas cachoeiras um pouco menor, ponte ferroviária, 50m). Veranópolis na cachoeira dos 3 monges com 112m e em Farroupilha no Salto Ventoso com 52m mas de muita beleza.
Ai paramos em Porto Alegre por uma semana onde trabalhamos para ganharmos um pouco de grana.
Recomeçamos no Morro do Italcomi, com um belo rappel e uma boa escalada junto com uma caminhada de mais de 40min.
Fomos então até a cachoeira do chuvisqueiro 70m e um paredão de 86m, em Riozinho, o lugar é sem dúvida um dos mais belos e de fácil acesso. Vale a pena conhecer. Então partimos numa verdadeira proeza, fomos a pé por uma estrada de chão em direção a São Francisco de Paula, andamos por mais de 30 km, não pegamos carona pois queríamos chegar ao Parque Nacional do Itaimbézinho somente no dia seguinte, e a caminhada serviria de treino para a passagem pelo Canyon.
O Canyon do Itaimbézinho é um dos lugares mais bonitos do Brasil, com paredes que chegam a mais de 600m. Não podemos passar pois chovia muito e ainda por cima estava proibido na travessia. Atravessamos para SC e conhecemos a Serra do Rio do Rastro, subimos a pé e pudemos conhecê-la em toda sua extensão. A vista é realmente uma loucura.
Passamos em São Joaquim e Paramos em Urubici, conhecemos a Pedra Furada e a cachoeira do Avencal com 100m, que rappel maluco é de tirar o fôlego, ainda mais se descer dentro da água. Quando chegamos em Botuvera onde nosso amigo Célio, (soldado do corpo de bombeiro) o frio já tomava conta e as dificuldades começaram a aumentar. Fazer um canyoning começou a se tornar loucura, mesmo assim me encorajei a descer a cachoeira do Arco-íris com seus quase 70m na fazenda Alegria, a pedido do programa Nossa Terra Nossa Gente da TV Barriga Verde (Bandeirantes). Confesso que o frio me deixou quase com hipotermia.
Fomos até Blumenau e acabamos resolvendo voltar, pois o frio não dava trégua, voltamos pelo litoral, entramos em Balneário Camburiú e seguimos pela 101, conhecendo ótimas praias, quando chegamos a Araranguá o frio já estava menos intenso, ai aproveitamos e fomos ao morro do Convento, onde fizemos um rappel de mais de 60m e umas escaladas, curtimos bastante por ser a beira do mar, com aquela paisagem maravilhosa.
Após fomos a Torres onde também curtimos uns paredões na beira do mar. Como nosso dinheiro tinha acabado e nossas forças já estava no limite resolvemos voltar para casa, após 68 dias de estradas, chegamos em Fred. Westphalen.
Mesmo cansados, já estávamos planejando nossa próxima viagem, afinal quem prova de uma vida de aventura não tem mais como viver longe dela.
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