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Roteiros inesquecíveis é o que não faltam em Boipeba. Caminhadas entre bromélias e orquídeas numa das paisagens mais deslumbrantes de toda a Mata Atlântica; cavalgadas através da mata entre o rio e o mar; passeios de canoa, ao pôr-do-sol, entre as raízes retorcidas dos manguezais. É só escolher.
CANOAGEM
Rio do Inferno / Boipeba Velha - Passeando de canoa pelo rio que separa Boipeba da ilha do Tinharé (Morro de São Paulo) e que leva você de Torrinhas a Boipeba.
Relaxe e aproveite. Livre do ruído das lanchas, você vai percorrer o Rio do Inferno como os jesuítas que fundaram a "Velha Boipeba": de canoa. Silêncio em todo canto, o oceano por perto e o manguezal intocado em volta, repleto de "moradores" muito especiais: o Aratu, o caranguejo-Uçá, o Pitu, o Guaiamum, o Teredo. Conhece? Pois é, estas e outras espécies surgirão para você durante a aventura e revelarão também um pouco da história da "Velha Boipeba".
Depois de percorrer o Rio do Inferno, chega a hora de visitar alguns pontos turísticos da Velha Boipeba: a Igreja do Divino Espírito Santo, construída em 1610; as casas onde se fabricam a farinha e o óleo do Dendê como nos velhos tempos; e o refúgio do "Otavinho", colecionador de conchas, corais e outras preciosidades recolhidas nas praias da Ilha de Boipeba. No fim de tudo, vale subir o Morro Alto das Pombas para apreciar, lá de cima, a barra do Rio do Inferno e a Ilha de Tinharé.
Fique atento às surpresas que os manguezais reservam. Aves migratórias descansam e se reproduzem no mangue; macacos, guaxinins e morcegos se escondem entre as raízes retorcidas.
CAVALGADA
Que tal ir de Boipeba até Cova da Onça a cavalo? É só pegar a trilha de areia fofa, atravessar Monte Alegre, cruzar rios e matas e apreciar lá de cima, do alto da sela, toda a beleza da Mata Atlântica e das vistas panorâmicas da Ilha.
MERGULHO
Na Ponta dos Castelhanos o barco espanhol "Madre de Dios" descansa naufragado desde 1535 no fundo do mar. Uma curiosidade histórica: cento e dez homens estavam a bordo do barco comandado por Simão de Alcázoba quando ele afundou. Quase todos se salvaram, mas acabaram massacrados pelos índios Tupinambás.
PRAIAS
Boca da Barra é o cartão de visitas, em Velha Boipeba. Marca o ponto onde o Rio do Inferno encontra o mar. A poucos metros, na outra margem, vê-se o coqueiral de Tinharé. Logo cedo, cedo mesmo, por volta das 4h, passam os primeiros barquinhos "pópópó", as traineiras a motor.
Siga pela trilha do outeiro até Tassimirim. Depois, vem a Praia da Cueira. Logo no início, a pedida é parar na barraca do Guido, instalada à sombra de uma amendoeira. Ali, uma pausa para saborear lagostas ou um peixinho frito.
Adiante, é preciso atravessar o Rio do Oriti. Muita cautela, pois há trechos forrados por ostras que cortam o pé como uma afiada navalha. Nem pense em seguir descalço. À direita fica a aconchegante Praia do Amor e à esquerda, a trilha para Moreré, cruzando a Fazenda Boipeba. Moreré, assim como o atracadouro de Boca da Barra, é ponto de partida de barcos para as piscinas naturais, distantes cerca de um quilômetro da praia. A melhor hora para fazer o passeio é a da maré baixa. Não adianta teimar em ir em outro horário. Aproveite para almoçar em Moreré. A casquinha de siri do Cheiro de Mar é um sonho.
Para seguir até a Ponta dos Castelhanos, o melhor é ir de traineira. O nome vem do fato de, em 1535, uma nau espanhola, a “Madre de Dios”, ter afundado no local. Com o auxílio de profissionais, pode-se mergulhar e apreciar o que sobrou da embarcação.
Tem também as Piscinas de Moreré que ficam a cerca de um quilômetro da areia. O barco para dez pessoas cobra R$ 40 pelo passeio até as piscinas. É possível também seguir até Ponta dos Castelhanos e o preço sobe para R$ 70.
TREKKING
Moreré e Bainema - Caminhada pela praia com mergulho nas piscinas naturais de Moreré. Um aperitivo inesquecível para quem acaba de chegar. Ao longo da trilha, muitas surpresas. Longas praias semi-desertas repletas de conchas e coqueirais (Tassimirim e Cueira); enseadas minúsculas cobertas de pedras e banhadas por água cristalina; um rio no meio do caminho e, no fim de tudo, um pedaço da Mata Atlântica enfeitado pelo coqueiro gêmeo, de duas copas, da Praia de Bainema. Mágico!!!
A caminhada dura no máximo 2 horas, um presente para o corpo e para a alma terminando com um mergulho nas piscinas naturais de Moreré, no meio do mar, logo depois da arrebentação. Água fresca e transparente, peixes e corais de todas as cores - uma banheira natural sob medida para quem quer relaxar.
A volta para "casa" pode ser feita por traineira, sem pressa, com toda a segurança, no ritmo dos pescadores da região.
Ponta dos Castelhanos - Caminhada pelas trilhas, passando pelo povoado de Monte Alegre e admirando as paisagens mais deslumbrantes de Boipeba.
Um mergulho na mata e na cultura preservadas de Boipeba. O mais difícil da caminhada pelas trilhas de areia é saber para onde olhar. As vistas panorâmicas de toda a ilha se sucedem e a paisagem muda a cada curva. De um lado, as casas de pau-a-pique da aldeia de Monte Alegre; do outro, vistos de cima, o mar e a mata intocados da "Ilha do Tesouro". No meio do caminho, um banquete: goiabas, mangas, cajás, tudo colhido no pé.
Quando você chegar na Praia de Moreré, existem traineiras a postos para levá-lo até o próximo cenário paradisíaco do dia: a Ponta dos Castelhanos, ao sul da ilha, uma praia totalmente selvagem, aonde você chega de barco depois de atravessar a barra do rio Catu e deslizar sobre uma galera espanhola afundada, a nau "Madre de Dios", que naufragou em agosto de 1535.
O passeio termina no fim da tarde, ao pôr-do-sol, numa viagem de traineira até Boipeba, com direito a admirar os cenários paradisíacos da Barra de Catú, Bainema, Moreré, Cueira, Tassimirim...
Cova da Onça (São Sebastião) - Cruzando a Ilha de Boipeba pelas trilhas e voltando pelo rio entre manguezais.
São doze quilômetros de caminhada por trilhas deslumbrantes, banhadas por nascentes de água natural, em meio à mata e ao silêncio de uma das fatias mais preservadas de Mata Atlântica do Brasil. O passeio de um ponto ao outro da Ilha de Boipeba dura um pouco mais de três horas e - pode acreditar - passa rápido. Porque dá vontade de "ficar de molho" no Lago do Serrão Grande e de parar a cada cajueiro e a cada mangueira centenária para saborear frutos sempre maduros no verão.
As surpresas se sucedem até a chegada em São Sebastião (ou Cova da Onça), um povoado com cerca de 700 habitantes, muitos deles descendentes de gregos e holandeses. Depois do almoço, num restaurante tão simples quanto delicioso, chega a hora de voltar... e de experimentar novas surpresas. A viagem de volta pode ser feita de barco, pelas "trilhas" do rio dos Carvalhos, entre manguezais intocados e povoados que parecem ter parado no tempo: Barra do Carvalho, São Francisco, Barreira, Barroquinhas e... Boipeba.
Do alto — o Campo das Pombas é um dos melhores mirantes — vê-se o céu vermelho e o pé do horizonte emoldurado pela silhueta das árvores e dos coqueiros.
Ilha de Tinharé - Caminhando em direção a Morro de São Paulo e voltando de barco.
Chegou a hora de conhecer o outro lado da Ilha. Em vez de caminhar em direção a Moreré, basta pegar o sentido oposto. Você não vai se arrepender. São quase 3 horas de caminhada entre o mar e o rio, por trilhas semi-desertas, até chegar a Guarapuá, uma praia de "cartão-postal", em forma de meia lua, com quase 1 quilômetro de largura, cercada por coqueiros centenários e protegida por recifes - uma baía ideal para mergulhos refrescantes e para muitas fotos.
Uma atração à parte é a lagoa formada pelo Rio Guarapuá e emoldurada pelo manguezal extenso e intocado. Difícil é sair de dentro da água, mas... coragem. Depois do almoço, chega a hora de voltar. A pé? Nada disto. Tem a opção de barco, pelo rio, sem pressa de chegar, ou de trator, como os nativos da região.
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