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DDD - 67 Roteiro atualizado em 27/5/2012 |
O Pantanal, uma das maiores planícies de sedimentação do mundo, ocupa grande parte do centro oeste brasileiro e se estende pela Argentina, Bolívia e Paraguai, onde recebe outras denominações. Dificilmente pode ser estabelecido um cálculo exato de suas dimensões, sabendo-se porém que a porção brasileira, localizada em partes dos Estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, está estimada em cerca de 150.000 km2.
Essa imensa planície, levemente ondulada, pontilhada por raros morros isolados e rica em depressões rasas, tem seus limites marcados por variados sistemas de elevações, como chapadas, serras e maciços e é cortada por grande quantidade de rios, todos pertencentes à Bacia do Rio Paraguai.
Situado no centro do Continente Sul-Americano, o Pantanal é circundado, do lado brasileiro (norte, leste e sudeste) por terrenos de altitude entre 600-700 m, estende-se a oeste até os contrafortes da cordilheira dos Andes e se prolonga ao sul pelas planícies pampeanas centrais. As terras latas do entorno, muitas delas de origem sedimentar ou formadas por rochas solúveis e friáveis, continuamente erodidas pela ação do vento e das águas, fornecem enorme quantidade de sedimentos que são depositados na planície, num processo contínuo de entulhamento. Formam-se assim terrenos de aluvião, muito permeáveis, de composição argilo-arenosa.
Na paisagem pantaneira, a fisionomia altera-se profundamente nas duas estações bem definidas do ano : a seca e a chuvosa. Durante a seca, nos campos extensos cobertos predominantemente por gramíneas e vegetação de cerrado, a água de superfície chega a escassear, restringindo-se aos rios perenes, com leito definido, às grandes lagoas próximas a esses rios e a algumas lagoas menores e banhados em áreas mais baixas da planície. Em muitos locais torna-se necessário recorrer aos estoques subterrâneos, utilizando-se bombas manuais e moinhos de vento para garantir o fornecimento às casas e bebedouros de animais domésticos.
Os tons pardo-acinzentados da vegetação ressequida não só são substituídos pelo verde nos terrenos próximos à água superficial ou abastecidos pelo lençol freático.
As primeiras chuvas da estação caem sobre um solo seco e poroso e são facilmente absorvidas. Com o constante umidecimento da terra a planície rapidamente se torna verde devido ao rebrotamento de inúmeras espécies resistentes à falta d’ água dos meses precedentes.
Em poucos dias o solo se encharca e não consegue mais absorver a água da chuva que passa a encher os banhados, as lagoas e transbordar dos leitos mais rasos, formando cursos de localização e volume variáveis.
Esse grande aumento periódico da rede hídrica no Pantanal, a baixa declividade da planície e a dificuldade de escoamento das águas pelo encharcamento do solo, são responsáveis por inundações nas áreas mais baixas, o que confere à região um aspecto de imenso mar interior. Somente os terrenos mais elevados e os morros isolados sobressaem como verdadeiras ilhas cobertas de vegetação, onde muitos animais se refugiam à procura de abrigo contra a subida das águas.
Fotos de Pantanal
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