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Aventura de Sérgio Batista
Challange Bike Tour - Araguaia x Tocantins

14/7/2008



"Viver e ter sempre a esperança de ser feliz...cantar e, cantar e, cantar e cantar..."

(Essa música foi cantada por diversas vezes, acompanhada pelo pandeiro de ouro do Erandir).



É certo que logo depois do término de uma expedição, você já começa a pensar em outra aventura.

É certo também, que você sempre busca algo mais ousado, maior, mais difícil.

Há cerca de um ano atrás, acabara a Expedição Serra do Piriá / Apeú Salvador e em poucos dias depois de chegar em Belém, já vinha aquela pergunta: pra onde será a próxima ?...

Poucos dias pensados e eu já tinha um início e um destino: sair do Pará e ir para Carolina-MA.

Alguns amigos até me chamaram de doido, sem-noção. Diziam que onças iam me pegar, que era pra mim levar bombinhas pra espantá-las. Mas eu sou teimoso mesmo e, não desisto nunca.

Há algum tempo, até mesmo antes da Expedição Maindeua, sugiram várias idéias de como ir a Carolina-MA. Sabíamos que era um lugar bonito, um dos maiores complexos de cachoeiras do Brasil, local de muitos morros e serras, como a Serra das Mesas.

A minha dúvida era de onde sair. Fiquei estudando Conceição do Araguaia-PA, Redenção-PA, São Geraldo do Araguaia-PA e até mesmo Marabá-PA.

Pois bem, depois de muitos estudos sobre a região, optei por São Geraldo do Araguaia-PA. As maiores influências foram: a sua localização, a quilometragem para Carolina (não poderia passar de 300km) e ainda atravessar dois dos rios mais importantes e belos do Brasil (rio Araguaia e Tocantins). Relatos da beleza do lugar contribuíram também.

Estudei muitas rotas, passei horas na frente de mapas, esperando atualizações de track-log’s, vendo vias de acesso em mapas do Estado do TO.

Esse Estado está praticamente sendo redescoberto após o seu desmembramento do Estado de Goiás. Eu não sabia absolutamente nada de TO, acho que apenas que a sua capital era Palmas. Segundo as diversas pessoas que conversei no decorrer da Expedição, era uma parte esquecida do Estado de Goiás, e melhorou bastante após a divisão.

A partir daí o movimento foi publicado, divulgado no site da EART e em diversos sites do gênero. Entramos em contato com as prefeituras por onde iríamos pernoitar, o movimento foi aceito e nos deram todo o apoio.



Foto: Edney Fernandes

E lá fomos nós...

Para iniciarmos a parte de pedal da Expedição, foi necessário chegar em São Gerado do Araguaia (traslado feito em duas partes). Partimos as 20:15h de Belém-PA, do dia 30 de janeiro de 2008. O ônibus era muito confortável (semi-leito). Nosso destino era a cidade de Marabá-PA, onde pegamos outro ônibus para São Geraldo. Já nesse traslado o ônibus era precário, chovia mais dentro do que fora. Quase não conseguíamos embarcar as bikes no bagageiro desse ônibus, acreditem, tinha andaimes de construção no bagageiro (sabe Deus o que isto estava fazendo ali). Enfrentamos nada mais nada menos que 8 horas de ônibus até Marabá e mais 3 horas até São Geraldo.

As condições asfalticas até Marabá são relativamente boas, mas a sinalização fica a desejar. Nas pontes só passa um carro por vez (tem lombada antes delas para reduzir a velocidade) e a proteção lateral não existe. O acostamento é precário. Muitas subidas e descidas com curvas perigosas. A maior parte desse percurso foi feito com chuva.



Auto-foto by Junior

Esperando o ônibus para São Geraldo do Araguaia-PA, em Marabá-PA

De Marabá para São Geraldo as condições eram piores. Enfrentamos muitos trechos de buracos nesse percurso. E a chuva continuava...

A paisagem foi transformando-se ao longo do caminho. No município de São João do Araguaia, já podíamos observar que o relevo era outro, vários morros e serras riscavam o horizonte. O sotaque e a culinária, também, mudaram bastante.

A economia que prevalece em todo esse trajeto é a pecuária.

Em São Geraldo ficamos em um hotel simpático, chamado hotel Central. O motorista do ônibus nos deixou bem na frente. Acho que éramos os únicos hospedes do local.

A garagem do hotel nos serviu para estendermos os malas-bikes e montamos as bikes. Ficou parecendo uma oficina de tantas bikes, ferramentas, pneus, etc.

Após as montagens, fomos para uma churrascaria simples da cidade, então, a ordem era comer até morrer (a palavra “comer até morrer” ainda nem tinha sido dita pelo Edson, ou melhor, pelo Nhonhoco, mas já vou usando aqui).

Por volta das 16:00h daquela quinta-feira 31/02, chegara a hora de darmos início ao primeiro objetivo: coletar 600ml do rio Araguaia para levarmos ao rio Tocantins. Depois demos um breve passeio pela cidade.

Ao final da tarde, alguns, como eu, ficaram a frente do hotel sentados, para apreciar o movimente daquela cidade. Papo vai papo vem, pára um micro-ônibus na frente do hotel e dele desce uma das figuras dessa Expedição, o Firmino.

Antes de eu sair de Belém, o Fabrício de Redenção me informou que iria pegar a estrada, com destino a São Geraldo, depois do almoço. Já passava das 19:00h e naquela altura eu pensei que ele já tinha desistido, por conta também do seu amigo Edésio, que não iria mais.

Lá pelas 21:00h, começou a arrumação das mochilas e alforjes nos bagageiros. A idéia era deixar tudo pronto para a manhã da sexta-feira. Eu fui o último a arrumar, eram duas bikes (a minha e a da Itana), estava eu a arrumá-las quando o vigia me informou que tinha chego um casal de carro, e que já estavam no quarto. Como tinham acabado de chegar, fui lá e bati na porta. O Fabrício abrir a porta e finalmente nos conhecemos, depois de mais de um ano nos falando virtualmente, trocando idéias sobre a expedição, o conheci e finalmente íamos pedalar juntos. Apresentou-me a sua esposa, cujo nome é Veruska (Mal eu sabia o destino que estava traçado para ela).

Acho que fui dormir lá pelas 02:00h. Espantei-me eram 03:30h e fui na cozinha beber água e encontrei o Laércio (foi nosso guia do primeiro trecho, de São Geraldo até Riachinho), que pegou o último ônibus de Marabá. Que bacana, agora o grupo estava completo e pronto (16 bikers).

Alvoradaaaaaaaaa!!!!!

Pontualmente as 05:00h eu acordei todo mundo com a sire-guela. Foi uma correria geral.

Tomamos o café providenciando pela administração do hotel. Colocamos os hidrates nas mochilas, checamos os últimos detalhes e fomos para o posto de gasolina em frente. Fizemos aquela roda, falei um pouco da importância daquela expedição e da dificuldade que iríamos enfrentar no percurso (eu não tinha noção que seria tantas), da importância da união que o grupo iria precisar pra superar. Não faltou, também, aquele grito de guerra que o Pedrosa nos ensinou.



Foto: Itana Mangieri

São Geraldo nos recebe, a sintonia se fortalece... a alegria é presente e a glória é o movimento!

Partimos...agora só depende de nós!

Pedalamos por cerca de 900mt e chegamos a rampa da balsa, que faz a travessia de São Geraldo do Araguiaia-PA para Xambioá, já no Tocantins. Compramos as passagens e embarcamos.



Foto: Erandir Junior

Não foi mais que 15 minutos de travessia, ao longe, já víamos as serras por onde íamos passar.



Foto: Erandir Junior

A cidade de Xambioá vista de de São Geraldo, parecia bastante agradável. Algumas pessoas me informaram que ela é uma das mais antigas cidades da região. Ao chegar lá, foi comprovado realmente, me chamou a atenção uma igreja bem de época. Uma cidade aparentemente bem alegre. Suas ruas são formadas de grandes subidas e ladeiras.

Logo aparece o primeiro problema. O bagageiro da Itana começa a soltar e temos que parar. Na ânsia de voltar a pedalar, tudo parece servir para amarrar, até mesmo um pedaço de trapo que estava no chão.

De dentro da cidade mesmo começamos a subir a serra, até ali eram subidas suaves, que davam pra pedalar. Em determino tempo as subidas ficaram muito íngreme, bem mais extensas. Nas paradas para o descanso podíamos desfrutar de uma boa vista, não só das serras em volta, mas também da visão que tínhamos pra baixo. Após grandes subidas e descidas veio um riacho, que ficamos um bom tempo rindo e batendo papo do que já tinha acontecido (nessa altura já não conseguíamos parar de rir do Firmino e Nhonhoco), foi firme!



Foto: Erandir Junior

Esse trecho foi de grande desgaste para todos, provavelmente o trecho mais puxado da expedição e para mim o maior de todos que já passei. Dava pra ver no rosto de cada um, que estavam no limite. Confesso que em determinada parte do trajeto fiquei com medo, e pensei: onde fui meter essa galera.

Mas eu confiava em todos que estavam ali, sujeitos a tudo aquilo. Sabia que cada um tinha potencial para passar todas essas dificuldades. E todos tiveram realmente, superaram os seus limites. Eu tinha certeza de que se eles acabassem esse primeiro dia, os outros três seriam “moleza”.



Foto: Erandir Junior

Nesse trajeto eu não tinha o track-log do GPS (único ponto que eu não tinha) e o nosso guia era o Laércio, que conhecia bem a região assim como os seus habitantes. Chegamos em uma fazenda para pedir informações, estávamos no caminho certo, mas tivemos que dar uma volta imensa (não tinha outro jeito), quase chegamos a margem do Araguaia, novamente. A partir desse ponto começamos a pedalar em direção ao asfalto, que estava na programação.

O cansaço e a fome estavam muito grande, após todas as subidas e descidas. Tivemos que parar em uma fazenda para almoçar. Ninguém mais agüentava comer “comida” de trilha, queríamos comida de verdade mesmo. E foi assim, cada um estava ansioso para estrearem os seus fogareiros, é verdade que alguns na conseguiram (compraram o álcool errado).



No trajeto da fazenda que almoçamos para o asfalto, ainda viram uma onça e escutaram o rugido dela.

Após uma hora parados, começamos a pedalar novamente e o trajeto hora era em linha reta para o asfalto e outra hora em paralelo. Pedalar em paralelo não era o ideal, porque estávamos indo em direção contraria a Riachinho. Pra ter uma idéia, antes da parada para o almoço, estávamos a 20km de Riachiho, isto é, iríamos chegar bem antes da quilometragem prevista, se continuássemos nesse sentido (quilometragem em linha reta). Depois de muito pedal (uns 25km pedalados), chegamos ao asfalto, e aí sim começamos a voltar pra Riachinho. De acordo com o meu GPS ainda faltavam 23km.



Foto: Daniel Bahia

23km de asfalto: apenas nós na estrada. Esses 23km foram eternos.

Já tínhamos atingido a marca de 70km do dia, foi quando veio um carro em sentido contrário. Era a Veruska, no safety car e a Vivam Campos (Secretaria de Educação de Riachinho), dizendo que todos na cidade estavam bastante preocupados conosco, que estavam nos esperando.

Chegamos em Riachinho beirando as 19:30h, paramos na entrada da cidade para agrupar. Fomos logo informado que tinha muita gente esperando, mas eu não imaginava que fosse tanta as pessoas. Ao entrar na cidade, éramos aplaudidos aos gritos de alegria da população Riachense.

Ao chegarmos na praça, o locutor começou a chamar o meu nome no microfone. Ate tentei me esconder, mas eu e meus amigos tínhamos que falar alguma coisa para aquelas pessoas. A partir dessa hora eu fiquei zerado, as energias voltaram e todo aquele esforço do dia começou a valer mais ainda a pena.



Peguei o microfone e chamei cada um dos meus amigos para participarem desse momento, comigo. Apresentei cada um deles para o povo de Riachinho. Falei o que estávamos fazendo alí, dos nossos ideais, objetivos, de onde estávamos vindo e o que já tínhamos enfrentado no trajeto. Muita emoção em nosso semblante nessa hora, eu não imagina que fosse acontecer isso.



A direita da foto eu e o prefeito Lipi.

Depois desse cerimonial, fomos convidados a nos dirigir ao colégio, onde seria a doação dos kit’s de material escolar. Outra surpresa pra nós. A frente do colégio estava lotada. E pudemos perceber como são organizados, pois todos os alunos tinham senhas para receber os kit’s. toda a frente do colégio estava iluminada.



Como eu disse eu Riachinho, essa é uma maneira de que as crianças percebam da verdadeira importância do conhecimento.



Foto: Laércio

O biker Fabrício Menezes ministrando a palestra sobre higiene bucal.

Após o primeiro objetivo da Expedição cumprido, fomos convidados a conhecer a escola, que seria a nossa dormida por aquela noite. Também nos serviram um jantar típico de Riachinho (alguns levaram a sério “comer até morrer”, não é Daniel). Ainda houve tempo para uma breve entrevista com o prefeito Lipi.



E ainda teve tempo pra galera pular o Carvaval de Riachinho-TO (acompanhada da Secretaria de Educação Viviane Campos).

Valew Riachinho!

A noite toda a chuva foi torrencial, mais uma vez as super barracas não resistiram. Americanas, canadenses e brasileiras fora inundadas, algumas por completo e outras parcialmente.

Mas mesmo com todo esse transtorno a noite foi agradável. Ao amanhecer ainda continuava chovendo, e isso atrasou muito a nossa saída de Riachinho-TO.



Foto: Veruska

Depois de tudo pronto para a saída, e a chuva ter amenizado um pouco, nos dirigimos para a praça principal e fizemos a oração em frente a prefeitura, que estava com várias faixas de boas-vindas ao grupo. Fotos feitas, oração e alguns procedimentos tomados, pegamos a estrada.



Ao sair de Riachinho-PA pegamos uns 3km de asfalto até entrar em um ramal com muita lama, decorrente da grande chuva que caia. Além de toda a lama as ladeiras e principalmente as subidas faziam parte desse trajeto. Grande paredões de arenito passavam ao nosso lado. Os pneus grudavam e era preciso um certo esforço para sair do lugar. Passamos por várias vilas.



Depois de uns 30km começamos a pedalar no asfalto, asfalto de excelente qualidade, diga-se de passagem.



A aderência melhorou bastante, em compensação as subidas continuaram, sempre muito longas. Nesse trecho chegamos a atingir 360mt.

Quando faltavam uns 10km para chegar em Wanderlândia, a Secretaria de Educação já estava preocupado e veio ao nosso encontro, com uma cometiva. Sinalizamos que estava tudo bem e que tínhamos saído com atraso de Riachinho.



Uma grande ladeira antes de chegar em Wanderlândia, cerca de 3km. Descemos de 360mt para 150mt.



Na entrada da cidade tinha muita gente esperando. Uma viatura local nos escoltou até a prefeitura municipal daquela cidade, e mais uma vez uma faixa nos recebeu juntamente com o Prefeito daquele município.



Valew Wanderlândia!!

Depois de todas as solenidades, a Sra. Helena (Sercretaria de Educação), nos acompanhou até o nosso alojamento. Um super lanche e uma médica nos esperavam para verificar alguma ocorrência médica.



Em Wanderlândia aqui foi a nossa casa.



Ao amanhecer, nos foi servido um café reforçado. E mais uma vez a Secretaria de Educação nos acompanhou.

Já era tarde quando pegamos a estrada rumo a Babaçulândia. Novamente nos reunimos em frente a prefeitura da cidade (uma certa pessoa fez a oração com um prato de galinha caipira).



Oração e instruções concluídas e pegamos a estrada rumo a Babaçulândia. Nesse trajeto pedalamos em duas serras (Serra “Pequena” e Serra Grande), locais de grande beleza, muitas subidas e descidas. Em cima da Serra Grande observamos muitas fazendas, mas mesmo assim muito pouco tráfego como ao longo de todo o percurso até ali.



Nosso objetivo de quilometragem do dia eram de 60km. Mesmo com o atraso da saída, a previsão era chegar de dia em Babaçulândia.

Esse dia foi marcado por alguns pneus furados, gancheiras e problemas na transmissão.



Já chegávamos quase que na metade da Expedição, com 166km pedalados e com 400mt de elevação. E continuamos a subir...



Até que chegamos no nível mais alto da Expedição, com 470mt de elevação. Era marcado um novo record de elevação em Expedição.



Visualmente era muito bonito. Ao longe víamos a continuação do ramal.

Foram quase 5 minutos de descida em alta velocidade. Alguns chegaram a 65km/h. Por prudência, e também, eu nunca gostei de abusar da velocidade, cheguei apenas nos 57km/h e sempre com a mão no freio.



Momentos de muita reflexão fizeram parte da expedição. Em certos memomentos ficamos a sos e cada um contava alguma coisa pessoal, da sua infância, e até mesmo momentos complicado atual.



Paisagens de tirar o fôlego a todo o momento.



A chegada em Babaçulândia anunciava-se e fomos acolhidos em uma escola municipal, com uma boa infra-estrutura. Até sala de massagem tinha.

Novamente aproveitamos bastante o carnaval. Acho que nesse dia todos foram para a praça principal da cidade. O destaque, como sempre, foi o Nhonhoco e o Firmino. O Nhonhoco a todo instante era chamado no palco, arrumou uma fã por lá, ou um fã, vai saber...



No dia seguinte desarmamos o acampamento e pegamos a estrada. Mas antes fizemos a última oração do pedal, já que era o último dia.



A expectativa de chegar em Filadélfia era grande. Seria o trecho de menor quilometragem.



Entre os municípios de Babaçulândia e Filadélfia essas paisagens me despertaram fascínio.



Entre uma parada e outra pra tomar uma coca-cola, por um valor de R$ 7,00, aconteceu uma revelação e daí pra frente a todo instante era pedido: surgiu o pandeiro de ouro do Erandir.



Depois de grandes paisagens e um calor digno do cerrado tocantinense, o asfalto chegou. E com ele Filadélfia só está a 5km de distancia.



Em fim, Filadélfia, e agora só o que nos separa de Carolina é o rio Tocantins. Estamos prestes a concretizar mais um objetivo.



Esse foi um dos grandes momentos. Trouxemos a água do rio Araguaia pro rio Tocantins. Momento muito comemorado pela galera (mais um objetivo cumprindo).

Após esse protocolo, fomos para a casa que o Daniel nos arrumou, que por sinal, foi uma bela casa. Bem grande atendeu todas as nossas necessidades. Só banheiros tinham cinco.



Lá aconteceu outro momento muito importante na nossa chegada, momento de desabafo, de missão cumprida...

O nosso Pará é grande mesmo, e as vezes muito injustiçado por aqueles que não o conhecem. Por vezes as pessoas o conhecem como local de conflitos agrários, invasões em terras de grileiros, roubos em fazendas de pessoas conhecidas na mídia etc. Chamo isso de mídia sensacionalista, que lucra com a desgraça das notícias, mas ainda assim o trabalho dela é informar.

Mas também é verdade que acontece!

Mas será se é só isso?

E em outros Estados, se não são esses os problemas, quais seriam?

É claro que todos têm os seus problemas de violência!

Uma grande fatia dessa população, no sul e sudeste do Pará, não agüentam mais a ausência dos nossos governantes. É uma parte esquecida sim, isso é fato. Por isso querem a divisão do Estado. Mas é claro que isso não lhes dá motivos para as diversas violências que acontecem.

Para quem não conhece, essas regiões são vista como a “banda podre” do Estado. Mas para aqueles que a conhecem não é bem assim...

Por lá existem belezas intocadas, que para os nativos, fazem parte do cotidiano. Serras, rios, igarapés, pessoas, cheiros, costumes, e ainda que no mesmo Estado, outras culturas. Isso mostra uma miscigenação muito grande em nosso Estado, e tudo muito diferente pra nós.

Pessoas como o casal biker Fabrício e Veruska de Redenção, que nos emocionaram e fizeram-se emocionar, nos fazem crer que essa “banda”, é feita não apenas de pessoas que prejudicam o próximo ou ainda aqueles que matam pela terra, ainda que alheia. Acho que essas são a minoria e prevalecem sim as idôneas.

Tomei como exemplo o Fabrício e a sua esposa Veruska porque eles tiveram papel fundamental e de grande importância no êxito dessa Expedição. A Veruska que por um momento na expedição tornou-se biker (descendo aquela ladeira de 5 minutos a 50km/h), esteve ali, sempre na reta-guarda, sempre pronta a ajudar (considere-se uma Rata de Trilha). Estiveram todo o tempo ao nosso lado, na chuva, lama, na alegria, no choro, e ainda digamos que na tristeza (quanto a Expedição terminou).

Bem, quero falar também dos nossos irmãos tocantinenses, que tem um Estado que nasceu há pouco tempo e que tem um potencial impressionante em vários aspectos. Falo irmãos porque não senti muita diferença de estar lá, e de quando estou aqui no Pará. Fora o sotaque, que é um tanto diferenciado, percebi neles um dos grandes dons do paraense, em que são raro os Estados desse grande Brasil que podemos observar, o dom de agradar, de saber agradar aqueles que chegam e que são visitantes, ainda que chegando de bicicletas. Em todos os lugares que passamos e que ficamos, fomos muito bem recebidos e nos sentimos em casa. Riachinho, Wanderlândia e Babaçulândia, esses estão de parabéns. No Pará também é assim!

E o nosso vizinho Maranhão?

Por lá também fomos muito bem-vindos!

Um grande abraço para o proprietário daquele restaurante, aquele que almoçamos ao chegar em Carolina (falha minha não ter anotado o nome dele), foi muito prestativo ao levar um grupo de quatro bikers a rodoviária, pra comprar a passagem sem cobrar nenhum tostão, e olha que era bem longe.

Ao Wagner e seu irmão, que foram os nossos guias inseparáveis (me fez entender muita coisa sobre apicultura). Nos informando e explicando a tudo que era possível. Isso foi uma coisa que me chamou muita atenção lá no Santuário de Pedra Caída, todos os guias ou supervisores eram muito dedicados, educados e nos perguntando sempre o que tínhamos achado esse estava tudo bem (parabéns pelos funcionários PIPES).



E o que falar da minha namoradona, ela simplesmente foi maravilhosa!

(Desculpem pela bandeira de cabeça pra baixo, é que eu sou sem-noção mesmo).

Confesso que eu a subestimei quando ela falou-me que gostaria de ir. Eu não conhecia, ainda, o seu potencial. Agora eu o conheço e seu que é muito grande!

Provou-me que a sua força mental é bem mais forte e importante que a física, e isso foi o suficiente para ela transpor todas as dificuldades e obstáculos.

Itana sempre me incentivou, me deu a maior força, sempre colocando pra frente os meus, ou os nossos projetos. Nos meus momentos de pensamento ela sempre vinha com uma resposta simples mas objetiva. Em todo o planejamento ele teve importante participação na comunicação, coisa que ela sabe fazer muito bem.

Teve bom humor e espírito aventureiro até mesmo quando uma barraca é inundada.

Eu já falei da nova aventura para ela, e ela (Itana), já aprovou me dando a maior força.

Fiquem agora com algumas imagens de Carolina-MA:



A galera no portal...



Vista do portal (ao fundo o Morro do Chapel)...



Vista do portal...



Cachoeira do Capelão...



Cachoeira da Caverna...



Cobra no trajeto...



Tatu na descida do canyon...



Foto: Erandir

Cachoeira da Pedra Caída.

Eu também vi o Homem Barbudo!
Só o que tive vontade de fazer foi levantar aos maos pra cima e dizer obrigado...
(O barulho era enorme lá, água pra tudo que era lado. Somente o Erandir arriscou fazer foto).

Aguardem a próxima...

Beijos,

Sérgio Batista
"Na Estrada ou na terra, de dia ou de noite, estamos lá... por vezes até em pastos, matas, ribeiras, na lama, e lagoas. O gosto pela bike é ponto comum aqui".


Autor: Sérgio Batista.
E-mail: cotijuba@hotmail.com
Cidade/UF: Belém - PA


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